No livro O Fim das Dietas (compre clicando aqui), eu descrevo detalhadamente o porquê de as dietas não funcionarem. E um ponto que gostaria de explorar com você agora é o momento em que decidimos entrar em uma dieta – e o momento em que invariavelmente a abandonamos.
O primeiro ponto se refere ao ingresso. Normalmente decidimos por fazer dieta quando algo nos empurra fortemente para esse desafio. Casamentos, festas e medos das mais variadas origens sinalizam com: “Agora vou fazer dieta e emagrecer de vez”. Essa decisão corajosa elege, via de regra, comportamentos binários do tipo: vou cortar isso ou aquilo.
Obviamente que esses cortes resultam em um “sucesso” durante sua vigência. Mas o fato é que eles não atuam na essência da questão. E, além disso, foram eleitos, na maioria das vezes, por preceitos populares e pouco fundamentados em modelos científicos. “Vou cortar o leite, porque a lactose inflama e engorda!”. Balela.
Ao perder alguns quilos, celebramos a conquista e, como se não houvesse amanhã, come(moraremos) daquela vez como se fosse a última. Invariavelmente não retornaremos à dieta, pois afinal já alcançamos nosso objetivo.
E é aí, ao final da dieta, que aceleraremos rumo ao ponto de partida dessa nossa conversa. Com o passar do tempo, lá estamos nós outra vez fora da forma desejada.
Isso acontece porque gostamos de atalhos ao invés de trilharmos o árduo caminho do reconhecimento das indulgências que justificamos com aquele famoso “Eu mereço”.
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Enquanto a recompensa por todos os seus desafios, esforços e cansaços vier revestida de calorias, saiba que o caminho do emagrecimento estará, dia após dia, mais distante. Também não adianta ligar a chavinha do “vou cortar” do nada, porque uma hora o curto-circuito vem, a chave cai e você fica na escuridão.
Quer emagrecer? Não corte, reduza. Não responsabilize o alimento, seja responsável. Não faça dieta, mude sua relação com a comida. Esses passos são sustentáveis, e não sacrifícios temporários.