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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito
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Hipertensão é uma das principais queixas nos pronto-atendimentos

Dado é de pesquisa com mais de 20 milhões de pacientes. Especialista fala sobre a doença, um dos principais motivos por trás de eventos cardiovasculares

Por Luciano Drager, cardiologista*
Atualizado em 3 nov 2022, 18h09 - Publicado em 3 nov 2022, 18h08

A terceira causa de atendimentos de emergência nos hospitais são crises hipertensivas. O resultado é de um estudo realizado pela American Heart Association junto a 20 milhões de pacientes nos Estados Unidos – e publicado, nesse ano, pelo Journal of the American Heart Association.

O trabalho apurou que um terço das visitas aos prontos-socorros estava relacionada à hipertensão arterial (HA) e 13% dos diagnósticos relacionados ao coração (2,7 milhões dos pacientes) eram por pressão alta primária – ou seja, quando não há relação com outras doenças.

A hipertensão é uma condição clínica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial (PA), obtendo valores iguais ou maiores que 140 mmHg (PA sistólica, também chamada de máxima) e mínima (PA diastólica) igual ou maior a 90 mmHg, aferidas em duas ou mais ocasiões diferentes. Uma vez diagnosticada, ela precisa ser tratada e acompanhada.

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Ainda segundo a pesquisa norte-americana, as mulheres, que formavam 48,7% do grupo que buscou atendimento no período, tinham média etária de 67 anos. Para elas, a hipertensão foi o veredito mais comum relacionado ao coração ou ao acidente vascular cerebral, totalizando 16% das consultas. Já as doenças cardíacas ou renais ligadas à pressão arterial elevada computaram 14,1% do total e a fibrilação atrial, 10,2%.

Para os homens, os resultados mais comuns foram doenças cardíacas ou renais relacionadas à pressão alta (14,7%), pressão alta propriamente dita (10,8%) e infarto (10,7%).

Outro achado do estudo aponta que as mulheres atendidas tinham as taxas mais altas de obesidade, além de outras condições médicas que afetam os vasos sanguíneos do cérebro, mas eram menos propensas a serem internadas ou virem a óbito. Já os homens mostravam tendência às doenças cardiovasculares, como diabetes.

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Dados espelhados

Apesar de o estudo mencionado ter sido realizado em um país específico, podemos afirmar, com base em nossa experiência de campo, que as conclusões sobre a hipertensão refletem a realidade dos serviços de emergência pelo mundo.

+ Leia também: Dormir bem entra na lista das oito medidas para um coração saudável

No Brasil, temos a ocorrência de mais de 1,3 milhão de óbitos todos os anos, sendo cerca de 30% decorrentes das doenças cardiovasculares.

Por sua vez, a hipertensão estava associada a 45% dessas mortes cardíacas. Segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), 32,3% dos brasileiros têm hipertensão e, após os 60 anos, esse percentual sobe para 65%.

Fatores de risco

De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão, a prevalência da doença tem diminuído nos países de alta renda e em alguns de média renda, enquanto nos países de baixa renda aumentou ou se manteve constante.

O fato se explica: as condições socioambientais impactam diretamente na saúde das pessoas. A longevidade também pode ser apontada como um agravante para a pressão alta.

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Porém, é interessante saber que boa parte desse cenário impactante, formado por número e cifras vultuosas do acometimento da hipertensão nas populações do Brasil e do mundo, é altamente passível de ser transformado.

+ Leia também: Qual o melhor horário para tomar medicamento contra a pressão alta?

Os fatores de risco para hipertensão estão em nosso dia a dia e não demandam mudanças radicais ou investimentos gigantescos. Para ter ideia, controlar a ingestão elevada de sódio, aumentar o consumo de potássio, praticar atividade física regularmente, maneirar nas bebidas alcoólicas e eliminar o cigarro são algumas das atitudes essenciais para manter a pressão arterial sob controle.

Ou seja, são medidas simples, que estão ao alcance de todos, e que precisam ser reforçadas por políticas públicas voltadas ao estímulo de uma rotina mais saudável. Assim, é possível manter a qualidade de vida em alta e, por tabela, desafogar as emergências dos hospitais.

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