O Dia Mundial do Sono, marcado no 15 de março, reforça a necessidade de falarmos sobre os diversos distúrbios do sono e seu impacto na saúde global. Infelizmente, durante as consultas médicas o tema “sono” é geralmente pouco abordado.
Dentre os vários distúrbios do sono, um em particular está intimamente relacionado à obesidade, diabetes e às doenças do coração. Trata-se da apneia obstrutiva do sono, uma condição em que a passagem de ar é interrompida de forma transitória inúmeras vezes durante as noites de sono.
Essa interrupção do fluxo de ar faz com que ocorra microdespertares e torne o sono superficial e pouco reparador. Mas como suspeitar da apneia obstrutiva do sono?
Fique de olho em roncos, sono que não devolve a energia da pessoa, necessidade de dormir durante o dia ou sonolência diurna, irritabilidade, redução da memória recente e cansaço.
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Este distúrbio do sono é mais comum em homens, em pessoas com maior idade e na presença da obesidade. E, como o título sugere, naqueles com circunferência do pescoço maior do que 40 centímetros em homens, ou 35 em mulheres.
Além de comprometer a qualidade de vida, a apneia obstrutiva do sono é uma causa de hipertensão e infarto, derrame cerebral e insuficiência cardíaca. Além disso, existe uma relação entre as pausas respiratórias e hipoglicemia na madrugada, aumentando ainda mais o risco do paciente.
Na ocorrência de casos suspeitos, usualmente o diagnóstico é confirmado com exame do sono. O tratamento varia desde a mudança de estilo de vida para redução do peso corporal, passando por cirurgia de reparação de anormalidades das vias aéreas, até o uso de uma máscara com pressão positiva que impede o fechamento das vias aéreas (chamada CPAP).
Se você está acima do peso e tem diabetes, converse sobre seu sono com seu médico. Sua saúde agradece.