Outubro Rosa: Revista em casa por 9,90
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Vacinas em bebês: indispensáveis para evitar a volta de tantas doenças

Médica esclarece por que os imunizantes aplicados na primeira infância são decisivos na proteção da criança e de toda a sociedade

Por Sandi Yurika, pediatra*
Atualizado em 21 jul 2021, 11h48 - Publicado em 16 jul 2021, 10h38
foto de bebê com ícones de micro-organismos à sua volta
Tuberculose, hepatite e meningite são algumas das doenças passíveis de prevenção com imunizantes administrados na primeira infância.  (Foto: iStock | Ilustrações: Erika Vanoni/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

De maneira alguma devemos minimizar os impactos que o novo coronavírus trouxe para os brasileiros. O número de óbitos, que já passa de 500 mil, e a onda de desemprego, que atinge 14,8 milhões de pessoas, de acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que ainda temos um longo percurso para superar os traumas deixados pela pandemia. No entanto, olhando o copo “meio cheio”, nunca na história se falou tanto da importância da vacinação e do Sistema Único de Saúde (SUS).

No dia 1º de julho de 2021, a vacina BCG completou 100 anos. O imunizante protege contra as formas graves da tuberculose e deve ser aplicado em dose única, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento do bebê, mas crianças de até 5 anos ainda podem receber o resguardo. A BCG é uma das vacinas indispensáveis na primeira infância. Além de defender individualmente os pequenos, elas evitam o retorno de doenças hoje controladas.

Por isso, faço um alerta aos pais: não negligenciem a imunização infantil. Apesar das restrições impostas para impedir a disseminação da Covid-19, é fundamental que o Calendário Nacional de Vacinação seja seguido. O tema, aliás, tem sido cada vez mais desafiador. Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de vacinação das crianças caiu por aqui nos últimos dois anos.

Para se ter uma ideia, a cobertura da BCG foi de 99,72% em 2018, diminuiu para 86,67% em 2019 e chegou a 73,38% em 2020. A mesma coisa acontece com outros imunizantes que devem ser oferecidos antes de a criança completar 1 ano de idade, como aquele que combate a hepatite B. O cenário acende um alerta vermelho, uma vez que importantes vacinas estão sendo deixadas de lado, e doenças antes controladas podem voltar a se espalhar.

Acredito que campanhas de multivacinação em massa em recém-nascidos, e no público infantil como um todo, precisam ser recorrentes. Afinal, meningite, tuberculose, sarampo e poliomielite, dentre outras infecções, são bastante graves e com alto potencial de letalidade. Crianças têm o sistema imunológico ainda imaturo e, por colocarem as mãos e objetos na boca com frequência, estão sujeitas a contrair vírus e bactérias perigosas.

Com exceção da imunização contra a meningite B, todas as outras vacinas destinadas à infância estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e são aplicadas gratuitamente. Porém, para aquelas famílias que buscam comodidade e desejam se sentir mais seguras em relação à aplicação e à tecnologia desses imunizantes, hoje existem empresas privadas que disponibilizam serviços a domicílio com custo acessível, orientação e acolhimento.

Quando aprovadas pelos órgãos responsáveis, as vacinas não oferecem perigo e possíveis reações temporárias são esperadas. A imunização não resguarda apenas a criança, mas tem uma repercussão em toda a comunidade, reduzindo a transmissão de doenças de forma coletiva. Hoje, o acesso a tanta informação não raro deixa pais e mães um pouco perdidos. Então, se me cabe dar um conselho, além da realização de um bom pré-natal, o acompanhamento com o pediatra e o cumprimento do calendário de imunização são fundamentais. Vacinar é um ato de amor e deve ser um pacto entre todos nós.

* Sandi Yurika é pediatra e consultora médica da healthtech Beep Saúde

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.