Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Sedentarismo invisível é perigoso: será que você se enquadra nele?

Uma hora de exercício, 23 horas parado: essa é a rotina de muitos brasileiros. O comportamento aumenta o risco de doenças circulatórias e dores crônicas

Por Fernando Jorge, ortopedista, e Aline Lamaita, cirurgiã vascular*
8 Maio 2025, 15h05
sedentarismo
Males do sedentarismo não são combatidos com apenas algumas sessões de exercício na semana  (Foto: Deagreez/Getty images/Veja Saúde)
Continua após publicidade

Passar horas sentado é um dos grandes males da vida moderna. Muitas pessoas que fazem uma hora de exercícios por dia, mas passam o dia sentadas, estão sendo enquadradas em um novo conceito: o do sedentarismo invisível.

O termo refere-se a comportamentos de baixo gasto energético (como ficar sentado ou deitado por longos períodos), mesmo em indivíduos que praticam atividade física regular. São períodos prolongados sem contração muscular significativa.

Além do trabalho sentado, o conceito engloba qualquer situação em que há restrição de movimento contínuo, como dirigir por horas, uso excessivo de telas ou até ficar em pé, estático.

+Leia também: Horas sentado, anos perdidos: malefícios do comportamento sedentário

Os momentos rotineiros de inatividade podem aumentar em 10% o risco de morte, segundo estudo publicado no periódico The Lancet.

Além disso, como a panturrilha é o coração das pernas, a cada contração muscular bombeamos o sangue e ativamos a nossa circulação. Situações de inatividade aumentam a predisposição de desenvolver varizes e trombose venosa.

Continua após a publicidade

Os riscos de passar muito tempo sentado

Fazer atividade física é fundamental, mas a inatividade durante a maior parte do dia está associada a maior risco de complicações metabólicas e musculoesqueléticas. Rigidez articular, risco cardiovascular, problemas de pressão e do metabolismo do açúcar, fraqueza muscular e desequilíbrios posturais também podem acontecer. Há riscos de degeneração articular e osteoartrose.

Para minimizar os danos, é recomendável fazer miniexercícios, como apenas cinco minutos de caminhada a cada meia hora. Exemplo: levantar da cadeira para caminhar um pouco, seja para ir ao banheiro, tomar um café, beber água ou respirar um ar fresco.

Caso não seja possível levantar por algum motivo, alguns exercícios podem ser feitos até mesmo sentado.

Continua após a publicidade

Comece levantando os calcanhares enquanto mantém as pontas dos pés no chão e permaneça nessa posição por alguns minutos. Depois, coloque os calcanhares no chão e levante os dedos dos pés. Segure por alguns segundos e repita o alongamento algumas vezes.

+Leia também: Snacks de exercícios: cada minuto conta e faz bem à saúde

Outro ótimo exercício consiste em traçar círculos com os pés por alguns segundos, mudando de direção de fora para dentro e de dentro para fora. Você também pode dobrar a perna e abraçar os joelhos o mais próximo possível do peito. Permaneça assim por alguns minutos, sempre trocando de perna.

O uso de mesas com ajustes de altura também ajuda. Outra estratégia é o reforço muscular preventivo, com exercícios de core (prancha, ponte glútea) e alongamento do piriforme, músculo que está localizado na região do quadril, próximo à nádega.

Continua após a publicidade

Também é indicado aumentar o NEAT (sigla em inglês para termogênese de atividade não relacionada ao exercício), que tem relação com a energia gasta no dia a dia. Por exemplo, optar por escadas, fazer reuniões caminhando ou tarefas domésticas leves.

Isso sem contar, é claro, o cuidado com o sono, a alimentação ou a prática de exercícios físicos. Integrar hábitos simples pode mitigar significativamente os riscos do sedentarismo invisível.

*Fernando Jorge é médico ortopedista, especialista em cirurgias do joelho e do quadril, medicina regenerativa e intervenção da dor. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor). Alime Lamaita é cirurgiã vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 88% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.