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Precisamos encurtar o caminho para o diagnóstico de doenças raras

Detecção mais precoce é decisiva diante de condições como a deficiência de AADC. Isso faz diferença para a qualidade de vida dos pacientes

Por Simone Amorim, neurologista infantil*
23 mar 2022, 10h52
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  • A cada ano, mais doenças raras que cursam com distúrbios do movimento na infância são descritas. E, em sua maioria, são condições de causas genéticas.

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    Em paralelo, vivenciamos avanços na ciência, tanto nos estudos como nas possibilidades de tratamento. Exemplo disso são as perspectivas com terapias gênicas e a estimulação cerebral profunda.

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    Durante o Simpósio Internacional de Distúrbios do Movimento na Infância deste ano, realizado em Barcelona, na Espanha, foram incansavelmente debatidas formas de encurtar a jornada do paciente na busca pelo diagnóstico correto de uma doença rara.

    Cada vez mais falamos da importância de reconhecermos o maior número possível dos tipos de distúrbio do movimento e de como a participação da equipe multidisciplinar, dos pais, dos familiares e da rede de apoio são indispensáveis − fatores decisivos para o diagnóstico precoce e o êxito do tratamento.

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    A deficiência de descarboxilase de L-aminoácidos aromáticos, ou deficiência de AADC. é uma dessas doenças genéticas raras que afetam a produção de neurotransmissores e trazem danos para o sistema nervoso.

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    A principal repercussão é uma grave diminuição do tônus muscular, com importante prejuízo da movimentação e da cognição.

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    Os sintomas são facilmente confundidos com os de outras condições e não é incomum que pacientes com AADC recebam um diagnóstico equivocado de paralisia cerebral ou de epilepsia.

    A boa notícia é que novos tratamentos se mostraram eficazes no controle dos sintomas e no aumento da qualidade de vida dos portadores. É o caso da terapia gênica.

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    Aplicada diretamente em uma área específica do cérebro chamada putâmen, está entre as estratégias estudadas para a doença recém-apresentadas no simpósio de Barcelona.

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    Grandes centros de pesquisa localizados em Taiwan, na Alemanha, na França e nos Estados Unidos já iniciaram testes, e a evolução desses procedimentos tem sido vista positivamente.

    Mas ainda faltam conhecimento e conscientização sobre as doenças raras no país, fazendo com que a trajetória do diagnóstico correto seja mais longa do que deveria e acarrete prejuízos incalculáveis aos pacientes.

    Em média, a identificação de um distúrbio do gênero leva de cinco a dez anos, podendo chegar a 20 em alguns casos. Um dos grandes desafios é o acesso a especialistas e a exames mais precisos.

    Fomentar o debate entre os profissionais de saúde e a própria população é uma forma de encurtar esse caminho e levar mais qualidade de vida para quem convive com qualquer uma das 7 mil condições raras descritas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

    * Simone Amorim é neurologista infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)

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