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O impacto do modo de preparo dos alimentos na saúde da pele

Dependendo do método usado para fazer a comida, o envelhecimento da pele é acelerado. Experts explicam

Por Patrícia França (farmacêutica) Marcella Garcez (nutróloga) e Lilian Brasileiro (dermatologista)*
8 abr 2023, 08h48

Você sabia que a ingestão exagerada de açúcares e carboidratos pode acelerar o envelhecimento da pele?

Isso se deve a um processo químico conhecido como glicação, no qual o excesso de açúcar circulante no organismo se une às proteínas de colágeno e a elastina, tornando-as rígidas e fazendo com que percam sua função.

Mas, para combater esse processo, não basta apenas controlar o consumo de açúcares. É preciso prestar atenção também no método de preparo dos alimentos.

É que, quando submetidos a altas temperaturas em um curto espaço de tempo, os alimentos sofrem oxidação, com consequente formação de AGEs, ou produtos finais de glicação avançada.

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Esses compostos aceleram ainda mais o envelhecimento, favorecendo o surgimento de rugas e prejudicando a elasticidade e a capacidade de cicatrização da pele.

A quantidade de AGEs formados depende da rapidez com que a temperatura do alimento é elevada. E, nesse sentido, os alimentos fritos estão entre os grandes vilões.

Por exemplo: a batata cozida apresenta nível de AGEs igual a 1. Por outro lado, quando frita, ela forma 87 vezes mais AGEs.

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O arroz e o ovo também apresentam níveis mais baixos desses compostos quando cozidos (nível de AGEs igual a 1) em comparação às versões fritas (nível de AGEs igual a 220 e 62, respectivamente).

Logo, a recomendação é alternar entre os diferentes métodos de preparo e, sempre que possível, priorizar o consumo de alimentos cozidos ou feitos no vapor, que resultam em uma menor quantidade de AGEs.

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No caso do preparo de carnes, que contribuem bastante com o acúmulo desses compostos no organismo, é recomendado deixá-las marinando em suco de limão, vinagre ou outro meio ácido durante uma hora – isso reduz a formação de AGEs em 50%.

É claro que limitar o consumo de açúcares simples – além de carnes e alimentos ultraprocessados – também é importante para impedir os danos da glicação.

Mas vale lembrar que muitos alimentos processados contam com açúcares escondidos, então preste atenção a nomes como sacarose, glucose e maltodextrina. Todos se referem a carboidratos simples, que devem ser consumidos com moderação.

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Os aliados da pele

Em contrapartida, dê preferência ao consumo de frutas, vegetais, grãos, alimentos integrais e ricos em fibras, gorduras boas e proteínas.

Esses nutrientes, ingeridos junto aos carboidratos, reduzem a velocidade de digestão e o índice glicêmico dos alimentos, com diminuição da absorção do açúcar no sangue e uma menor alteração nos níveis de glicose e insulina circulantes.

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Pensando no envelhecimento da pele, a suplementação oral com ingredientes de ação antiglicante, desglicante e antiglicoxidante, como o glycoxil, também pode ser indicada para combater sistemicamente a glicação – o que é especialmente importante, visto que o açúcar está presente de alguma forma na grande maioria dos alimentos.

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Além disso, hoje tem se tornado cada vez mais comum a incorporação de ativos antiglicantes e desglicantes, como o alistin, nos cosméticos de cuidados com a pele, que são recomendados para combater o processo de glicação diretamente no tecido cutâneo e, assim, prevenir o surgimento precoce de sinais da idade, como rugas e flacidez.

Proteja sua pele com todos os recursos disponíveis – começando pelo modo de preparo da sua comida.

*Patrícia França é farmacêutica e gerente científica da Biotec Dermocosméticos; Marcella Garcez é médica nutróloga e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento; e Lilian Brasileiro é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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