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O Dia Mundial de Combate ao Câncer deveria valer o ano todo!

A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dependem de medidas diárias, não apenas de uma lembrança em datas especiais, como o 8 de abril

Por Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or*
8 abr 2024, 13h11
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  • O 8 de abril marca o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Embora reconheça a importância de marcos como esse, me preocupam um pouco as datas que chamam a atenção da sociedade para um determinado problema, como o câncer. Porque a verdade é que essa doença, que em 2024 deverá ser diagnosticada em 704 mil brasileiros, precisa ser lembrada todos os dias.

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    A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que mais de 30% dos casos de câncer poderiam ser evitados. A principal medida seria a adoção de hábitos saudáveis, a começar pela alimentação, que deve ser rica em frutas, verduras e alimentos com fibras. O tabagismo e o consumo excessivo de bebida alcoólica devem ser banidos da rotina das pessoas.

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    A atividade física regular também é essencial para a saúde, não só para evitar o câncer, como para controlar o peso e prevenir as doenças do coração. A falta de tempo não deveria ser desculpa para o sedentarismo, mesmo porque não é preciso fazer um treino pesado na academia. Reservar um total de 180 a 200 minutos por semana para uma atividade aeróbica, como a caminhada, já seria o suficiente.

    +Leia também: Abril Lilás: mês de conscientização sobre o câncer de testículo

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    Por exemplo: eu lembro que, quando morei nos Estados Unidos, havia pequenas placas ao lado dos elevadores, sugerindo o uso das escadas para subir um andar ou descer dois pavimentos. No Brasil, às vezes, fica difícil seguir esse tipo de sugestão, porque nem sempre há sinalização nos edifícios indicando onde estão as escadas.

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    A carteira de vacinação atualizada é outra medida de prevenção. Destaco dois agentes que causam o câncer para o qual temos vacinas: o vírus do Papiloma Humano (HPV) e a hepatite.

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    O imunizante contra a hepatite B impede um fator de risco para o câncer de fígado e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina contra o HPV também é oferecida na rede pública para meninos e meninas.

    A prevenção secundária, aquela que detecta um problema antes de sua evolução, também é fundamental. Um caso bem-sucedido no mundo inteiro é o exame Papanicolau, que identifica lesões causadas pelo HPV no colo uterino e permite que sejam tratadas antes de se transformarem em tumores.

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    Só com medidas como essas conseguiremos combater o câncer. Hoje, a doença ainda ocorre predominantemente em idosos, mas, nos últimos dez anos, temos observado o crescimento de casos em pessoas com menos de 50 anos.

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    Os motivos desse aumento são desconhecidos. Suspeita-se que fatores ligados ao estilo de vida, como sedentarismo, obesidade, exposição a poluentes, consumo de alimentos ultraprocessados, mudanças no bioma e vários outros estejam relacionados ao problema.

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    Daí a importância de começar a prevenção do câncer desde jovem. Só assim conseguiremos reduzir o seu avanço no país.

    *Paulo Hoff é médico oncologista, presidente da Oncologia D’Or, professor titular da Disciplina de Oncologia Clínica do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e membro pregresso do Conselho Diretor da ASCO.

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