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O cirurgião no novo ecossistema de cuidado ao paciente com câncer

Modelo de cancer center, que alia diversos especialistas para atuar em prol do paciente, favorece abordagem mais efetiva contra o câncer

Por Gustavo Guimarães, urologista e cirurgião oncológico*
8 out 2021, 15h52
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  • O tratamento do câncer é uma das áreas da medicina que mais têm evoluído nos últimos anos. A inovação no clássico tripé de enfrentamento da doença – que inclui a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia ao lado de outras terapias medicamentosas e ambulatoriais mais recentes – vem contribuindo para que os pacientes vivam mais tempo e com mais qualidade. Um ponto que escapa à boa parte da população, porém, é que cerca de 90% das pessoas com câncer acabam precisando da cirurgia em algum momento frente à doença.

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    Isso pode acontecer no diagnóstico em si, no tratamento de tumores sólidos, em complicações, para o controle da dor ou mesmo para acessos vasculares. Nesse cenário, o cirurgião passa a ser um profissional-chave na jornada do paciente. Como integrar, então, esse médico na cadeia do cuidado, já que ele vivencia uma especialidade relativamente autônoma e com seus próprios desafios?

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    É aí que entram os novos modelos de cancer center, que permitem o rastreio, o tratamento e a reabilitação de pacientes oncológicos em um só lugar. Assim, trazem o cirurgião para o centro do cuidado, fazendo com que ele participe ativamente dos conselhos para discutir caso a caso, em conjunto com oncologistas clínicos, radio-oncologistas e o time multiassistencial (enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos etc).

    Esse é um formato muito diferente daquele modelo tradicional, no qual o paciente primeiro procura um oncologista, que propõe sozinho o tratamento, e só depois ele é direcionado para o cirurgião (ou vice-versa). A abordagem do cancer center é individualizada para os pacientes e integrada entre os profissionais.

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    + LEIA TAMBÉM: A cirurgia do futuro já é presente!

    O cirurgião oncológico entra em cena na identificação de tumores, nas biópsias, no estadiamento (o grau de disseminação) da doença, no tratamento e no pré e pós-operatório. Também é convocado nas cirurgias chamadas profiláticas, aquelas que reduzem o risco de alguém ter câncer. O caso mais emblemático é o da atriz americana Angelina Jolie, que, após testes genéticos apontando um risco de 87% para o desenvolvimento do câncer de mama, se submeteu a uma mastectomia preventiva.

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    É importante ter em mente que a maioria dos pacientes requer tratamentos que aliam não só métodos de diagnóstico complexos mas também cirurgia e sessões de rádio e/ou quimioterapia. E tudo isso é administrado de forma mais assertiva e humanizada dentro de um cancer center, ainda mais quando ele está vinculado a um departamento ou instituto de ensino e pesquisa, o que aumenta a chance de a equipe médica ter no radar os melhores e mais modernos tratamentos.

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    Um dos diferenciais dos centros oncológicos de ponta é justamente agregar especialidades como a oncologia clínica e a cirurgia para, mirando o paciente e visualizando os avanços da ciência, propor a melhor abordagem possível. Aí reside a magia do cuidado.

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    * Gustavo Cardoso Guimarães é cirurgião oncológico e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

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