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Com a Palavra

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Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Não fazer nada pode melhorar sua saúde e inclusive evitar doenças

Reservar tempo para o sono e o descanso pode ser a chave para evitar doenças crônicas e envelhecer com qualidade

Por Leo Pruimboom, fisiologista e bioquímico*
16 set 2025, 15h57
sedentarismo na pandemia
Descansar é muito importante para o bem-estar (Foto: Unsplash/Inside Weather/Divulgação)
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Somos a única espécie que experimentou uma transformação significativa em um curto período. Desenvolvemos espaços urbanos de grande magnitude e estamos dependentes de fontes de iluminação artificial.

Reduzimos significativamente a necessidade de realizar esforços físicos para a obtenção de alimentos. Substituímos o silêncio e a introspecção por uma vida imediata e hiperconectada.

Atualmente, embora a expectativa de vida tenha aumentado, os indivíduos frequentemente convivem com enfermidades crônicas ao longo de suas vidas.

É imprescindível compreender que a saúde não se resume à ausência de sintomas. É um conceito mais amplo e profundo. É necessário reconectar o corpo e a mente, abandonar a visão fragmentada da medicina e enfrentar o mundo moderno com duas estratégias: mudar o que é possível e desenvolver uma atitude de “antifragilidade” diante do que não é possível.

Evidências recentes reforçam essa visão. Dois estudos internacionais, dos quais fui coautor, mostram que a capsulite adesiva (ombro congelado) não é uma mera lesão local, mas um reflexo de desequilíbrios sistêmicos envolvendo metabolismo, inflamação e comportamento.

Um deles revelou que ajustes simples no sono, como evitar cafeína à noite e reduzir luz artificial após o pôr do sol, aliados à fisioterapia, reduzem marcadores inflamatórios e melhoram a função do ombro de forma significativa.

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O outro identificou que pacientes com a condição têm glicemia e colesterol mais altos, além de níveis elevados de citocinas inflamatórias específicas, apontando para a necessidade de tratamentos integrativos que atuem sobre todo o organismo e não apenas na articulação.

Resgatando práticas ancestrais para a saúde

Parte desta antifragilidade advém da recuperação de práticas ancestrais, tais como:

  • Atividade física intensa;
  • Alternância de períodos de esforço e recompensa;
  • Exposição ao frio, ao calor e ao jejum.

Recomenda-se a sudorese ativa, através da prática de exercício físico, bem como a passiva, mediante a utilização de sauna ou calor natural. Recomenda-se também 120 minutos por semana para a interação com o ambiente natural. A prática contribui para redução da pressão arterial e aprimoramento da saúde mental.

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Atividades criativas e momentos de inação

É igualmente imprescindível ativar de forma mais significativa o hemisfério direito do cérebro. Embora a leitura e a escrita sejam competências notáveis, não devem substituir atividades criativas como a dança, o canto, o desenho ou até um passeio tranquilo.

A prática diária de inação, durante uma hora, permite que o cérebro alcance um estado de sincronização. Pertencer a um grupo, incluindo dar e receber atenção, é tão vital quanto respirar.

A solidão, agravada pela pandemia e polarização social, é um fator de risco substancial para doenças cardíacas, imunitárias e mentais.

+Leia também: Senso de propósito ajuda a resguardar a cognição

Saúde é construída, não comprada

Saliento que não existe alternativa farmacológica que possa substituir estes princípios ativos. A saúde é um bem construído, não adquirido. Para usufruir de uma vida mais plena é imprescindível conciliar descanso, relaxamento, prática de exercício físico e reconexão com a natureza e consigo mesmo.

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*Leo Pruimboom é fisiologista e bioquímico de origem holandesa, doutor pela Universidade de Groningen e fundador do Instituto Pruimboom de Investigação em Psiconeuroimunologia Clínica (cPNI)

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