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Mielodisplasia: desconhecimento pesa no diagnóstico e no tratamento

Esse tipo de câncer na medula óssea afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos. Especialista conta como desconfiar dele e as formas de tratar

Por Nelson Hamerschlak, hematologista*
23 Maio 2022, 09h51
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  • Você já ouviu falar em síndrome mielodisplásica ou mielodisplasia? Mesmo em espaços especializados em saúde, essa doença nem sempre é abordada com a devida frequência e conhecida pelos profissionais. Para entender seus impactos e o diagnóstico e tratamento, primeiro é necessário explicar de onde ela vem e o que provoca no organismo.

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    A síndrome mielodisplásica é um tipo de câncer que aparece predominantemente em idosos, apesar de existirem também casos em crianças. A maior incidência acontece a partir dos 65 anos, sendo que os homens têm maior probabilidade de serem afetados do que as mulheres.

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    Na maioria dos quadros clínicos, a mielodisplasia é acompanhada de alterações que impedem a medula óssea de produzir de forma suficiente as células do sangue. Isso acontece pela falência medular ou pela proliferação anormal de certas células, num processo que lembra o da leucemia.

    + LEIA TAMBÉM: Entenda as causas, o diagnóstico e os tratamentos da leucemia

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    Nos Estados Unidos, a incidência desse câncer considerado raro é de 3 a 5 casos por 100 mil habitantes por ano, aumentando significativamente com a idade, de acordo com a MDS Foundation, que registra entre 12 mil e 20 mil casos anualmente no país. No Brasil, a incidência está em torno de 5 casos por 100 mil habitantes.

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    O diagnóstico começa com a identificação da redução no número das células do sangue, que fica abaixo dos níveis normais. Nesse caso, é recomendado um estudo completo da medula óssea para a confirmação do quadro. A pesquisa de mutações genéticas por técnica de sequenciamento de nova geração auxilia a estabelecer também o diagnóstico e o prognóstico para o paciente.

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    A mielodisplasia permanece um desafio diagnóstico e terapêutico. Por conta disso, nos últimos anos diversos centros médicos estão aprimorando suas pesquisas em busca de novas opções de tratamento. Hoje é consenso entre os profissionais que a principal forma de tratar é o transplante de medula óssea.

    Ele pode levar à cura da doença. Mesmo assim, nem todo mundo está apto a esse procedimento, justamente pelo fato de a doença atingir a maior parte dos pacientes acima de 60 anos.

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    Outras opções de tratamento são os fatores de crescimento da medula óssea, agentes hipometilantes ou quimioterapia em situações específicas, ou, ainda, transfusão de sangue quando há uma anemia grave. A escolha da abordagem terapêutica vai depender da análise caso a caso.

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    No entanto, nem todos os pacientes necessitam de tratamento imediato. Podemos, em um primeiro momento, apenas monitorar a situação. Por isso é fundamental o acompanhamento de um hematologista, assim como o diagnóstico correto.

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    Com a disseminação do conhecimento a respeito e os avanços no tratamento, podemos ampliar a qualidade e a expectativa de vida de mais pessoas que encaram a mielodisplasia.

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    * Nelson Hamerschlak é hematologista, livre-docente pela USP, professor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e coordenador do Programa de Hematologia, Transplantes de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital Israelita Albert Einstein (SP)

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