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Infância e adolescência são curtas demais para viver no smartphone

Mães refletem sobre as motivações para criar um movimento que propõe postergar a entrada dos filhos no mundo online

Por Aline Amatuzzi, Antonia Teixeira, Camila Bruzzi, Fernanda Cytrynowicz, Fernanda Machado e Mariana Uchoa*
31 ago 2024, 06h00
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    Não é preciso esperar políticas públicas para reduzir o impacto das telas no desenvolvimento infantojuvenil (Ilustração: Bruna Kater/Veja Saúde)

    Somos mães e, nessa posição, estamos preocupadas com crescentes estudos que apontam os efeitos nocivos do acesso precoce e excessivo a celulares e redes sociais por crianças e adolescentes.

    Em inúmeras conversas, percebemos que as famílias se sentem em um beco sem saída. Ao mesmo tempo que desejam proteger os filhos dos riscos do uso, não querem excluí-los do seu grupo de amigos, que cada vez mais cedo socializam de forma virtual. Foi assim que nos demos conta de que muitos pais vêm dizendo “sim” simplesmente porque tantos outros disseram “sim” antes deles.

    Nesse momento, nos perguntamos: como sair dessa situação? E se, em vez de dizer “sim”, nos uníssemos e disséssemos “ainda não” juntos? Essa é justamente a proposta do Movimento Desconecta. A ideia é firmar um grande acordo coletivo entre famílias para adiar a entrega do celular próprio até, no mínimo, 14 anos, e o acesso a redes sociais até, pelo menos, 16 anos.

    + Leia também: Projeto de lei quer proibir celulares nas escolas

    A regulamentação do assunto é crucial, sobretudo para democratizar o relacionamento saudável com as telas e para que essa questão não seja mais uma forma de desigualdade. Acontece que nos encontramos em uma situação emergencial. 

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    Não podemos mais esperar pelos legisladores, e está claro que retardar o acesso fará menos mal do que deixar nossos filhos expostos à dependência e a conteúdos impróprios. É isso que está em nossas mãos! Mas só venceremos a pressão social se agirmos coletivamente.

    A educação digital é muito importante e deve ser estimulada, mas, quando falamos de celulares e redes sociais para essa faixa etária, entendemos que apenas a educação não é suficiente. Trata-se de um hábito que pode gerar compulsão e acarretar riscos à saúde física e mental, ameaçando muitas vezes a vida dos jovens.

    Por isso, a ideia é que as crianças vivam uma infância sem smartphones, e os adolescentes passem pela maior parte da puberdade sem um celular nas mãos. Ora, é exatamente nessa fase que eles experimentam importantes mudanças hormonais, corporais e emocionais, e seu cérebro se desenvolve para uma configuração adulta.

    Para que isso ocorra de forma adequada, eles precisam viver experiências reais, ganhar e perder jogando bola, conversar com os amigos olho no olho, resolver conflitos, brincar ou simplesmente não fazer nada. Se para nós, adultos, já é um grande desafio limitar o tempo e a qualidade desse uso, imagine para eles, que ainda estão se desenvolvendo neurológica e emocionalmente para ter autocontrole.

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    Não somos contra a tecnologia, mas a favor do equilíbrio. Reconhecemos seus benefícios quando o uso é apropriado. Nosso movimento é sobre tempo de qualidade em família, aprendizado, conversas atentas, conexão humana… É sobre brincadeiras esquecidas, trocas, tropeços, acertos, risadas e frustrações. É sobre bem-estar físico e mental. É sobre limites, cuidado e amor. Junte-se a nós!

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    *Aline Amatuzzi, Antonia Teixeira, Camila Bruzzi, Fernanda Cytrynowicz, Fernanda Machado e Mariana Uchoa são mães e fundadoras do Movimento Desconecta

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