Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

É possível ampliar o potencial da pesquisa clínica no Brasil?

Com potencial de estar entre as referências mundiais e projeto de lei recentemente aprovado, país precisa se abrir ao desenvolvimento científico

Por Fernando Mos, diretor Médico da AbbVie no Brasil*
Atualizado em 16 jun 2024, 09h00 - Publicado em 16 jun 2024, 08h00
foto de mesa de médico com instrumentos e prancheta
Estudos clínicos feitos no país podem ajudar no desenvolvimento de vacinas e medicamentos (Foto: GI/Getty Images)
Continua após publicidade

O cenário da pesquisa clínica no Brasil fez avanços significativos ao longo das últimas décadas. Vivemos hoje em um país que possui relevâncias demográfica, econômica e de diversidade populacional necessárias para ascender cientificamente, além de possuir o sexto maior mercado farmacêutico no mundo.

Contudo, ainda ocupamos a 20ª posição no ranking mundial de pesquisa clínica. É possível transformar esse cenário. A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), responsável por esse levantamento, reconhece que o país pode subir dez posições na lista, o que coloca luz nas inúmeras oportunidades de expansão e investimento que podemos impulsionar.

Os benefícios são inúmeros: muito além do desenvolvimento de novos medicamentos e tecnologias em saúde, os pacientes são beneficiados diretamente ao olharmos para necessidades ainda não atendidas, desenvolvermos a classe médica do país, além de fomentarmos o crescimento econômico, gerando uma participação mais ativa da sociedade no campo da saúde e do bem-estar.

Por fim, o incentivo à pesquisa clínica nacional ainda serve de influência positiva para o desenvolvimento científico de outros países e regiões.

Pesquisa clínica no Brasil: história em transformação

A jornada começa com marcos significativos nas décadas de 1980 e 1990. Tivemos o estabelecimento da primeira resolução sobre o assunto em 1988 e a criação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa Clínica (CONEP) em 1996, duas medidas que normatizaram e regulamentaram o campo.

Esses marcos, por consequência, auxiliaram no crescimento da participação do país em estudos multicêntricos internacionais. Esses eventos, juntamente a regulamentações subsequentes, lançaram as bases para o campo no Brasil.

Continua após a publicidade

E a história não para por aí. Estamos testemunhando um cenário com muitas novidades: a sanção presidencial do Projeto de Lei de Pesquisa Clínica (PL 6007/2023), somada à relevância do mercado farmacêutico brasileiro, pode nos colocar como uma referência mundial nessa área.

Na prática, essa medida é fundamental por firmar uma regulamentação definitiva, que trará de forma clara as diretrizes para a realização de pesquisas no país, trazendo um sistema jurídico e regulatório seguro, que mantém a ética e protege o paciente.

Esse arcabouço tende a aumentar o número de estudos realizados em todas as regiões do país, levando junto o acesso a medicamentos inovadores e aquecendo também os negócios estratégicos que fomentam a saúde e a medicina no país.

Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp
Continua após a publicidade

Se antes discutíamos cenários com dados como os que alegavam uma queda na participação do Brasil em pesquisa clínica, agora colocamos os pés firmes em um cenário para que números novos – e mais otimistas – possam aparecer.

Na farmacêutica onde atuou como diretor médico, a ABBVie, ampliamos os investimentos e recursos humanos para fomentar pesquisas localmente, avançando 35% no número de programas globais sendo implementados no Brasil (2022 vs 2023).

O cenário que agora adentramos propicia, inclusive, o crescimento desta taxa, sempre com o foco de garantir a segurança dos pacientes e o desenvolvimento dos centros de pesquisa clínica brasileiros, além de gerar dados locais que colaboram com a evolução de políticas públicas em benefício das pessoas.

+ Leia também: Pesquisa clínica: o motor do avanço em saúde

Continua após a publicidade

Apesar da crescente proeminência do Brasil nas arenas globais de saúde e ciência, persiste a percepção de que investimentos em saúde, novos medicamentos e soluções terapêuticas são distantes da realidade da população.

Mas a pandemia de Covid-19 ofereceu a possibilidade de acompanharmos a capacidade inovadora da medicina, à medida que cientistas, instituições e órgãos regulatórios desenvolveram e aprovaram rapidamente vacinas. Essa mudança de paradigma em direção à inovação deve ser sustentada além da pandemia.

Como médico e executivo da indústria farmacêutica, acredito firmemente que vivemos em um país que é repleto de potencial, com grandes especialistas, universidades de ponta e de reconhecimento internacional. Com toda essa rede, o objetivo deve ser sempre que, em conjunto, trabalhemos para desenvolver medicamentos de primeira classe que transformem a forma como as doenças são tratadas.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento colabora para ampliar nosso conhecimento sobre as doenças e como tratá-las, mas não só. Também oferece acesso a medicamentos e transforma estruturas médicas. Estou certo de que colocar o Brasil na liderança do desenvolvimento mundial de pesquisa vai impactar positivamente a vida daqueles que mais precisam, os pacientes, além de valorizar o ambiente científico e o desenvolvimento econômico do país.

Continua após a publicidade

*Fernando Mos, médico especialista em nefrologia, imunogenética e imunologia clínica, e diretor Médico da AbbVie no Brasil

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.