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Doença cardiorrenal metabólica: uma ameaça em ascensão

Diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares formam uma trinca perigosa para a saúde dos rins e do resto do corpo

Por Jose Francisco Kerr Saraiva, cardiologista*
5 set 2025, 10h00
coracao-prevencao
Doenças cardíacas: maior ameaça à qualidade e à expectativa de vida do brasileiro (Ilustração: Estúdio Tigre/Veja Saúde)
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Especialistas se reuniram no XX Congresso Brasileiro de Aterosclerose, realizado este mês na cidade de Campos do Jordão, para discutir um tema que é hoje um dos maiores problemas de saúde da população brasileira: a doença cardiorrenal metabólica (DCRM).

De definição recente, a DCRM reflete a interação entre fatores de risco metabólicos, doença renal crônica e o sistema cardiovascular, tendo impacto profundo na morbidade e mortalidade.

+Leia também: O que é a síndrome metabólica?

Relação direta com diabetes tipo 2, DCV e obesidade

A DCRM é particularmente relevante devido à sua associação com doenças crônicas altamente prevalentes, como diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares (DCV) e doença renal crônica.

Além disso, tem como fator de risco o maior problema de saúde pública no Brasil: a obesidade. Quando somados, o excesso de peso e a obesidade atingem hoje mais de 70 milhões de adultos no país.

Estudos epidemiológicos indicam que a coexistência dessas condições resulta em um aumento exponencial na morbidade e mortalidade, principalmente devido a eventos cardiovasculares.

Avanços no tratamento

A sobreposição de fatores de risco metabólicos e cardiovasculares reforça a necessidade de uma abordagem integrada para o diagnóstico, tratamento e prevenção dessas doenças.

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Nos últimos anos, tivemos notáveis avanços em intervenções farmacológicas que diminuem o dano da DCRM. Esses fármacos atuam favoravelmente nos fatores de risco metabólicos, na função renal e apresentam também efeitos cardioprotetores.

Entretanto, para que se possa melhorar a saúde cardiovascular-renal-metabólica e suas complicações, há uma necessidade crítica de maior clareza na definição da DMRC, além de uma abordagem para o estadiamento dessa condição, promovendo a prevenção ao longo da vida.

Obesidade infantil e sobrepeso: risco precoce

Um tema de grande relevância discutido no Congresso foi o das elevadas taxas de sobrepeso e obesidade na infância e adolescência que atingem os jovens brasileiros. Em uma pesquisa realizada no município de Campinas, avaliando mais de 3 mil alunos de escolas públicas, verificou-se que 32% das crianças já possuíam sobrepeso e obesidade.

Avaliando o perfil metabólico desses jovens, verificou-se que, além do excesso de peso, eles já apresentavam em média taxas maiores de anormalidades, como:

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  • Elevação da pressão arterial;
  • Aumento nos valores de triglicérides;
  • Elevação das taxas de glicemia.

Em outras palavras, essas crianças carregam um risco metabólico que se estenderá para a vida adulta, aumentando as chances de desenvolver diabetes, hipertensão arterial e, por fim, a DCRM.

Caminhos para prevenir a DCRM

Concluindo, o Congresso Brasileiro de Aterosclerose trouxe este debate para que especialistas proponham alternativas à comunidade científica com o objetivo de reduzir a carga da DCRM. Trata-se de um assunto interdisciplinar, em que as palavras-chave para sua prevenção são estilo de vida e dieta saudável.

É preciso que famílias, organizações não governamentais, sociedades científicas, profissionais de saúde e governo trabalhem juntos na prevenção da DCRM, que hoje consome a vida de milhares de brasileiros todos os anos.

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Jose Francisco Kerr Saraiva é presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

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