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Diabetes: o desafio de seguir o tratamento

Médico toca em um ponto fundamental (e não tão respeitado) para o sucesso do controle da doença e a prevenção de suas complicações

Por Dr. Alexander Benchimol*
Atualizado em 6 nov 2017, 11h55 - Publicado em 1 nov 2017, 12h30

Apesar dos inúmeros esforços de governos, comunidades médicas e ONGs para alertar a população sobre os riscos do diabetes não controlado e das inovações terapêuticas contra a doença, um dos grandes desafios para todos os envolvidos com a condição continua sendo a baixa adesão ao tratamento.

Olhando de fora, pode parecer inexplicável que alguém, sendo portador de uma doença crônica que dispõe de terapias eficazes e bem toleradas (ainda que nem todas disponíveis no SUS), recuse-se a seguir o esquema terapêutico ou simplesmente o abandone. Infelizmente, essa é uma realidade rotineira no Brasil.

Compreender os motivos que levam uma pessoa com diabetes tipo 2 a desistir do tratamento é fundamental para reverter esse quadro. Um estudo publicado no periódico científico Diabetes Therapy mostrou, por exemplo, que a probabilidade estimada de descontinuação do uso de insulinas é de 62% nos primeiros três meses após o diagnóstico – período crucial para o progresso do controle glicêmico.

No diabetes tipo 2, o estilo de vida desequilibrado – com falta de atividade física e alimentação inadequada – representa um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença, e o sentimento de fracasso pessoal é relatado com frequência pelos pacientes que não aderem ao tratamento. Por esse motivo, os avanços terapêuticos no diabetes tipo 2 têm caminhado no sentido de conferir maior comodidade e simplificar o controle do problema. Atualmente, já contamos com opções terapêuticas que podem ser administradas, por exemplo, semanalmente, liberando o indivíduo da necessidade de uma rotina diária de uso de medicamentos.

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Não há como negar que a vida do paciente diabético passe por mudanças significativas a partir do início do tratamento. Porém, após um período de adaptação, elas se tornam positivas, uma vez que a mudança de hábitos certamente contribuirá para uma melhora significativa de sua qualidade de vida.

O paciente precisa ter a orientação necessária para entender que a pior de todas as mudanças seria aquela que ocorre com o abandono da terapia proposta. Se, no início, a doença pode não causar sintomas, ao não ser controlada ao longo do tempo o risco de aumento da pressão arterial, infarto, derrame, cegueira, insuficiência renal e até amputações de membros inferiores aumenta consideravelmente.

Quando alguém recebe o diagnóstico de diabetes, não é apenas a sua vida que muda, mas a de todas as pessoas que estão à sua volta. O apoio e o envolvimento de todos tornam a possibilidade de sucesso no tratamento mais real. Se todos compartilharem de hábitos saudáveis, não apenas estarão incentivando o paciente como também darão um grande passo em direção à prevenção dessa e de outras doenças.

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* Dr. Alexander Benchimol é endocrinologista e pesquisador do Departamento de Endocrinologia da Escola Médica de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE-RJ)

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