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Crianças podem desenvolver “superpoderes” mentais

Terapeuta defende a importância de trabalhar a inteligência emocional nos filhos desde cedo

Por William Sanches, terapeuta e escritor*
12 out 2024, 10h33
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Crianças podem e devem treinar habilidades socioemocionais (Reprodução/Reprodução)
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Vivemos em uma era na qual as redes sociais são parte integrante da vida cotidiana, inclusive das crianças. A internet trouxe muitos benefícios, mas também abriu portas para questões complexas relacionadas à autoimagem e à autoestima, especialmente entre os mais jovens.

A comparação que antes era feita apenas na escola ou na TV, agora está na palma das mãos e cada vez mais cedo. A presença constante das redes sociais no dia a dia influencia como enxergamos a nós mesmos e ao mundo. O papel dos pais é fundamental para criar uma base sólida de autoconfiança e autoaceitação.

A exposição a conteúdos idealizados pode gerar ansiedade e uma sensação de não pertencimento. Crianças que crescem em meio a padrões irreais de beleza e sucesso podem desenvolver uma visão distorcida de si mesmas, e assim terem a autoconfiança abalada.

Neste sentido, os pais devem redobrar a atenção, orientar e apoiar as crianças para desenvolverem um senso de identidade próprio e saudável.

Uma das formas mais eficazes de os pais contribuírem para a autoconfiança de seus filhos é através da linguagem positiva, conforme destaco em meu livro Turma da Mônica e o mistério dos superpoderes mentais (Citadel Grupo Editorial) – Clique para comprar**.

As palavras têm um poder imenso e, quando utilizadas de maneira construtiva, podem ajudar a moldar a forma como eles se enxergam. Frases como “eu acredito em você” e “você fez um ótimo trabalho” são essenciais para que a criança desenvolva um sentimento de valor próprio. Já frases como “eu na sua idade…” reforçam a comparação.

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Além disso, ao utilizar a linguagem que reforça as qualidades e conquistas da criança, é possível promover um ambiente de segurança e apoio, que contrabalanceia as mensagens negativas ou os padrões irreais das redes sociais.

+Leia tambémA vez da educação positiva

Diálogo sobre internet

O diálogo aberto sobre o que é real e o que é fabricado na internet é crucial. Muitas crianças não conseguem distinguir entre a verdade e a manipulação no mundo digital, o que pode prejudicar a percepção de si mesmas. Portanto, os pais devem educar sobre o uso saudável das redes, explicando que, muitas vezes, as imagens e vídeos são editados e não refletem a realidade.

É uma briga sem chances de ganho olhar a vida do outro na internet e achar que ele é mais feliz. Costumo dizer que, quando entramos em um shopping, olhamos as vitrines, o que é mais bonito e não o estoque.

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Imagine entrar em um shopping onde as pessoas olhem o estoque cheio de caixas, sacolas, prateleiras, etc. Na internet é assim, ninguém mostra seus estoques bagunçados, as pessoas exaltam as vitrines, aquilo que é mais bonito, chamativo e sedutor. Comparar nossos “estoques” com as “vitrines” dos outros é algo cruel.

É preciso ensinar a criança a se valorizar e a reconhecer sua própria individualidade e evitar que ela busque validação exclusivamente por meio da aprovação online.

+Leia tambémSaúde mental: 13 condições relacionadas ao uso excessivo de telas

Desenvolvendo o amor próprio

O espelho foi feito para se amar. Utilize isso a seu favor e incentive quem está ao seu lado a usar frases de aprovação e autoamor diante dele. Afinal, nos olhamos no espelho diversas vezes ao dia. É só pensar por um instante: você mais se elogia ou mais se menospreza?

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Frases como “eu me amo e está tudo bem!” ou “eu me aceito” são importantes no processo de autoaceitação. Os pais podem incentivar também hobbies, habilidades e interesses que desenvolvam o senso de propósito e satisfação pessoal.

A autoconfiança se constrói a partir de experiências positivas, mas também a partir da capacidade de lidar com desafios e frustrações. Pais que ensinam a superar dificuldades e lidar com emoções negativas estão preparando-os para enfrentar o mundo real de maneira equilibrada e resiliente.

Encorajar a autocompaixão e ensiná-las a reconhecer seus próprios erros como oportunidades de aprendizado são estratégias poderosas para promover uma autoimagem saudável. Pessoas autoconfiantes tendem a ser mais assertivas, seja no ambiente escolar, social ou digital.

A relação entre autoimagem e redes sociais é complexa e desafiadora. No entanto, pais que preparam o psicológico de seus filhos para lidar com a vida online têm a capacidade de criar uma geração mais consciente de si mesma.

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O apoio emocional, a orientação contínua, o diálogo e o uso de palavras positivas precisam ser constantes. Isso ajuda também os adultos a cuidarem de si mesmos, uma vez que estão atentos aos pequenos e como eles pensam. A mente é como um grande jardim, que precisa ser regado, cuidado e constantemente nutrido com sementes positivas.

Quando ensinada a se amar, a criança estará pronta para navegar pelo mundo digital de maneira equilibrada e feliz, sabendo que sua verdadeira essência não depende do que é mostrado ou compartilhado na internet e sim do que se é por dentro, verdadeiramente.

*William Sanches é terapeuta e escritor, autor de Turma da Mônica e o Mistério dos Superpoderes Mentais**

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