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Como manter a saúde mental e cognitiva com o envelhecimento

Cuidar das relações sociais é uma das principais chaves para garantir o equilíbrio das funções cerebrais

Por Desirée Cassado, psicóloga*
21 abr 2023, 09h13

Envelhecimento não é sinônimo de doença. Mas, para garantir que possamos desfrutar da vida em sua plenitude em todas as fases, é importante cuidar da saúde mental e cognitiva.

Muito já se sabe sobre a importância do estilo de vida para a saúde em geral. Isso inclui dieta equilibrada, corpo em movimento, sono adequado e pouco consumo de substâncias como o álcool e o tabaco.

Estudos também mostram que a prática regular de leitura e de jogos mentais, além do aprendizado de novas habilidades, pode ter efeito protetor das funções cognitivas.

Entretanto, pouco se fala do papel das relações sociais nessa equação. Estudos recentes afirmam que a solidão é um dos principais riscos para o declínio cognitivo.

+ Leia também: Por que o efeito do álcool é pior em mulheres, jovens e idosos

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É claro que é positivo ser capaz de ficar apenas com a nossa própria companhia, de praticar o que chamamos de solitude.

Mas a falta de conexão com alguém tem efeitos negativos significativos na saúde física e mental de pessoas de todas as idades, afetando impiedosamente os mais velhos.

Hoje, sabemos que a solidão está associada a um risco aumentado de demência, depressão, ansiedade, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e abuso de substâncias perigosas.

A solidão, aparentemente inofensiva, está também ligada a um maior risco de mortalidade em idosos, com danos semelhantes aos causados pela obesidade, pelo sedentarismo e pelo tabagismo.

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Rede de apoio faz bem

Por outro lado, os relacionamentos sociais significativos proporcionam estímulo cognitivo, emocional e social, bem como envolvem oportunidades para se engajar em atividades físicas e mentais.

Uma conexão verdadeira também fornece senso de propósito e sentido à vida, o que certamente ajuda a preservar a função cognitiva.

Agora, para cultivar relacionamentos sociais significativos, é importante ter habilidades de inteligência emocional.

Isso significa ser capaz de comunicar com precisão as suas necessidades, conhecer e gerenciar as próprias emoções de forma saudável, estar aberto e curioso a novas relações, ter empatia e ser sensível às demandas do outro.

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+ Leia também: Solidão aumenta o risco de insuficiência cardíaca, diz estudo

E, à medida que envelhecemos, podemos precisar adaptar nossas habilidades de inteligência emocional para nos adequarmos às mudanças em nossas vidas, como a aposentadoria ou a perda de entes queridos.

Ainda assim, nossas habilidades socioemocionais podem seguir sendo aprimoradas em todas as fases da vida.

Aqui estão algumas sugestões para manter a saúde mental e cognitiva em todas as fases da vida:

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● Mantenha contato com amigos, vizinhos e familiares: envie mensagens, planeje um café, façam programas juntos;
● Seja proativo no cuidado com o outro e ofereça companhia para aqueles que pareçam estar na solidão;
● Participe de grupos de pessoas que tenham interesse em comum, seja algo relacionado a teatro, viagens, leitura, dança, aprendizado de idiomas ou outra atividade qualquer;
● Exercite a sua inteligência emocional no dia a dia: observe e analise o seu comportamento, acolha o outro com empatia, pratique a escuta ativa e busque a melhor forma de gerenciar conflitos.
● Caso esteja se sentindo sem opções para lidar com a solidão, busque ajuda especializada com organizações e profissionais que oferecem suporte emocional e conexões sociais para pessoas de todas as idades.

+ Leia também: Contar com um bom ouvinte traz benefícios à saúde do cérebro

Apesar dos muitos desafios do envelhecer, a idade não é um fator determinante isolado para o declínio cognitivo.

Portanto, não espere mais para investir na sua inteligência emocional e em relações sociais importantes.

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Uma vida plena e significativa está à nossa espera, a qualquer momento.

*Desirée Cassado é psicóloga, especialista em Terapia Comportamental pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Psicologia Experimental pela USP e professora na The School of Life Brasil

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