Relâmpago: Revista em casa a partir de 10,99
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Como levar as vacinas aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul

A aplicação dos imunizantes é essencial para evitar surtos de doenças e sobrecarga nos hospitais locais

Por Fábio Argenta, cardiologista*
8 jun 2024, 10h45
rio-grande-do-sul-enchente-cheias-chuvas-catastrofre-climatica
Cidade de Porto Alegre sofreu com impactos de fortes chuvas (Foto: Gustavo Garbino/Prefeitura de Porto Alegre/Divulgação)
Continua após publicidade

O Rio Grande do Sul vive um momento crítico. Além de toda a destruição, as enchentes que devastaram várias regiões trouxeram um grande desafio de saúde pública.

Por isso, o estado está investindo em campanhas emergenciais de vacinação para atender à população vulnerável e assim tentar prevenir epidemias que poderiam sobrecarregar ainda mais os hospitais locais.

As inundações não são apenas uma ameaça direta à vida e aos bens materiais, elas criam um ambiente propício para o surgimento de doenças infecciosas. A água parada, que demora para escoar, a falta de saneamento básico e as condições muitas vezes insalubres dos abrigos temporários são um terreno fértil para leptospirose, hepatite A, tétano, febre tifoide, diarreias e dengue.

Segundo informações do Ministério da Saúde, após as enchentes, os casos de leptospirose cresceram em torno de 40% devido a contaminação da água.

+ Leia também: Água contaminada de enchentes causa doenças sérias, mas há alternativas

Continua após a publicidade

Além disso, o deslocamento forçado de comunidades inteiras aumenta o risco de propagação de males como a gripe e o sarampo. Considerando esse cenário, a vacinação se apresenta como uma medida vital para prevenir uma catástrofe sanitária ainda maior.

O Rio Grande do Sul, recebeu, desde o início das enchentes, mais de 1,5 milhão de doses de imunizantes contra sete enfermidades diferentes, mas é preciso muito mais para que a cobertura seja eficaz.

A logística para levar as vacinas para as regiões afetadas é, muitas vezes, complexa. Será preciso contar com o apoio de defesa civil, bombeiros e organizações de saúde pública local, e, além disso, estabelecer parcerias com entidades não governamentais para garantir a eficácia do recebimento e aplicação dos imunizantes nos habitantes.

Continua após a publicidade

Que vacinas quem teve contato com água de enchente deve tomar?

As pessoas que tiveram contato com a água e solo contaminados devem tomar as doses contra:

  • A hepatite A, doença viral que afeta o fígado;
  • Tétano, causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que pode entrar no corpo por meio de cortes ou feridas expostas;
  • Febre tifoide, causada pela bactéria Salmonella typhi e se espalha por meio de alimentos e água contaminados.

Além disso, a vacinação da população afetada deve ser integrada a um pacote de assistência mais amplo, que inclua a distribuição de kits de higiene, purificadores de água e campanhas de orientação sobre prevenção de doenças são medidas importantes para evitar o risco de surtos.

Continua após a publicidade

* Fábio Argenta, cardiologista e diretor médico da Saúde Livre Vacinas

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.