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Como fica a saúde física e mental dos jogadores de videogame?

Profissionais ou amadores, gamers precisam se resguardar emocional e fisicamente diante de autocobrança, competitividade e altas horas de tela

Por Victor Kurita, médico*
28 mar 2022, 10h56

A pandemia mudou visões e comportamentos em vários aspectos, e no universo gamer não poderia ser diferente. O hábito de jogar videogame vem se tornando cada vez mais popular no país − e rompe fronteiras de idade e gênero. De acordo com a Pesquisa Game Brasil de 2021, 76% das pessoas começaram a jogar durante o período de isolamento social.

Mas se engana quem pensa que a vida dos gamers é fácil. Muitos deles, tanto profissionais como amadores, ficam expostos a distúrbios psicológicos devido à cobrança excessiva com os resultados e a performance, a competitividade, a pressão dos haters e o cyberbullying. São situações que podem causar danos emocionais e até físicos.

Outro fator que pesa nessa história são as alterações do ciclo circadiano, nosso relógio biológico que coordena os ciclos de vigília e sono. Ficar muito tempo na frente do computador ou da TV num ambiente fechado confunde o organismo, que acha que estamos trocando a noite pelo dia. Isso pode aumentar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e desregular a alimentação e a rotina de sono.

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Nesse ritmo, o gamer fica sujeito ao esgotamento e ao burnout − nos últimos meses, o número de episódios cresceu 122%. E com ele vêm a ansiedade e a depressão. Segundo pesquisa publicada no periódico The Lancet, são 76 milhões de novos casos de ansiedade e 53 milhões de depressão pelo mundo. Os mais afetados são os jovens e as mulheres. 

A necessidade de competir, ser um bom jogador, impor-se no mundo dos games e se blindar do bullying pesa e influencia quanto o indivíduo passa na frente do computador.

A ciência ainda não tem fatos concretos para recomendar um tempo adequado para jogar. Sabemos, contudo, que a atividade cerebral começa a ficar ineficaz depois de 40 minutos de concentração ali. O ideal, portanto, é realizar pausas para beber água, comer frutas e se alongar. E isso vale especialmente para quem vive do videogame.

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A profissionalização do gamer já é uma realidade e, segundo pesquisa do Instituto Data Favela com mil adolescentes, 96% dos jovens sonham em ser um gamer profissional. Isso pressupõe uma maior atenção tanto ao estado físico como à saúde mental de quem segue esse caminho, de preferência com acompanhamento profissional.

* Victor Kurita é médico especialista em medicina integrativa e trabalha com o cuidado físico e mental de gamers

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