Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Cólica, sangramento e dificuldade para engravidar? Pode ser adenomiose

Abril Roxo é o mês de conscientização sobre esse problema que afeta milhares de mulheres brasileiras anualmente

Por Thiers Soares, ginecologista e cirurgião*
1 abr 2022, 10h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Você que é mulher pode até imaginar: de fato, existem diferentes problemas capazes de afetar o útero, muitos deles com sintomas parecidos. E estamos em um momento propício para fazer um alerta importante sobre uma condição frequentemente confundida com outras, adenomiose.

    Publicidade

    Neste mês de conscientização, o Abril Roxo, temos a oportunidade de falar sobre o controle dessa doença, que, segundo estimativas, atinge mais de 150 mil brasileiras por ano.

    Publicidade

    A adenomiose ocorre quando a camada do endométrio, o tecido que reveste o útero, cresce de forma anormal na musculatura uterina. Pense no abdômen como se fosse uma casa e no útero como o quarto. Quanto a tinta da parede descama, é o endométrio cumprindo seu papel natural associado ao ciclo menstrual. Porém, quando essa tinta impregna os tijolos, temos a adenomiose.

    Seus sintomas são facilmente confundidos com outra condição que acomete a região, a endometriose. Nesse caso, é preciso consultar o ginecologista quanto antes. O sangramento uterino com fluxo aumentado e a presença de sangue fora do período menstrual são sinais de adenomiose. Da mesma forma, cólicas mais fortes e dificuldade de engravidar e manter a gestação são reflexos do quadro.

    Publicidade

    Mas o que pode causar adenomiose? Os principais fatores de risco são traumas uterinos (ocasionados por procedimentos como cesárea e curetagem), menstruação antes dos 10 anos de idade e histórico de mais de duas gestações.

    + LEIA TAMBÉM: Novas luzes e soluções para a endometriose

    Publicidade

    Embora seja mais comum mulheres apresentarem os sintomas a partir dos 40 anos, também encontramos aquelas que desenvolvem o problema a partir dos 20 anos.

    Continua após a publicidade

    Feito o diagnóstico correto, a primeira pergunta que ouço no consultório é: “terei que passar por uma cirurgia?” Como falamos de uma doença progressiva, é essencial tratá-la o mais rápido possível. É por isso que nós, ginecologistas, reforçamos a necessidade do vínculo com as pacientes e orientamos consultas anuais.

    Publicidade

    O tratamento é feito em dois pilares: o uso de remédios e o procedimento cirúrgico. Inicialmente, os medicamentos controlam os sintomas, como dor e sangramento. O bloqueio da menstruação com hormônios, por sua vez, melhora a qualidade de vida e pode estabilizar a evolução da adenomiose.

    BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

    DISTRIBUÍDO POR

    Consulte remédios com os melhores preços

    Publicidade
    Favor usar palavras com mais de dois caracteres
    DISTRIBUÍDO POR

    Tudo depende muito da resposta ao tratamento, mas, se a paciente deseja engravidar, geralmente é preciso fazer um procedimento cirúrgico. Nesse caso, a fertilização in vitro também pode ser uma opção.

    Pensando nas pacientes que terão de operar, em geral recorremos à cirurgia minimamente invasiva e, hoje, a cirurgia robótica tem sido uma grande aliada na ressecção da adenomiose, já que a técnica é muito mais precisa e bem-sucedida para preservar a fertilidade.

    Compartilhe essa matéria via:

    Outro procedimento possível é a radiofrequência: por meio da emissão de calor no local, ela destrói os tecidos que estão doentes. Claro, tudo depende de cada caso e do histórico da paciente. É conversando com o especialista que se chega à melhor proposta terapêutica, que também deixará a mulher mais segura.

    Vamos pensar juntos: não dá para deixar a dor e outros sintomas atrapalharem a qualidade de vida quando temos tratamento para a adenomiose e outras condições uterinas. Que este mês sirva para sensibilizar as mulheres que estão sofrendo a procurar ajuda médica sem demora.

    * Thiers Soares é ginecologista, cirurgião especialista em endometriose, adenomiose e miomas e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica – Capítulo Rio de Janeiro

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.