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Você pode (ou melhor, deve) se preparar para um envelhecimento saudável. A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ensina como

Idosos estão cada vez mais nas universidades e no mercado de trabalho

O aprendizado contínuo protege a saúde mental e garante ganhos em qualidade de vida

Por Maísa Kairalla
4 out 2025, 04h00
idoso-universidade
Nunca é tarde para aprender  (andreswd/Getty Images)
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Nos últimos anos, o Brasil tem assistido a uma transformação silenciosa, mas extremamente significativa: o crescimento da participação de idosos nas universidades e também no mercado de trabalho.

Esses dois movimentos não acontecem por acaso. Eles estão profundamente ligados à busca por qualidade de vida e à preservação da saúde mental em todas as fases da vida.

De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, da Semesp, as pessoas com mais de 60 anos foram o único grupo etário que registrou aumento de matrículas em cursos presenciais privados entre 2013 e 2023 — um crescimento de 22%. Nos cursos a distância (EAD), o salto foi ainda maior: 672% no mesmo período, superando todas as outras faixas etárias.

Paralelamente, levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a participação de idosos no mercado de trabalho aumentou 69% em 12 anos. Esses números revelam uma realidade poderosa: envelhecer não significa se afastar do mundo produtivo ou do conhecimento.

Pelo contrário, é possível e necessário manter-se ativo, engajado e conectado com o mundo ao redor. E essa presença, aliás, beneficia não apenas os idosos, mas sim toda a sociedade.

Aprendizado faz bem ao cérebro

E esse movimento vai muito além da produtividade. Ele é também um fator de saúde. Pesquisas recentes da Universidade Federal de Minas Gerais indicam que o aprendizado contínuo contribui para preservar funções cognitivas e reduzir o risco de depressão. O cérebro, afinal, é como um músculo: precisa ser estimulado constantemente.

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Quando um idoso decide voltar a estudar, aprender um novo idioma, iniciar uma pós-graduação ou simplesmente se dedicar a um novo curso, amplia seus horizontes profissionais e, ao mesmo tempo, protege a memória, a atenção e o raciocínio.

Trata-se de um verdadeiro exercício de plasticidade cerebral, capaz de reforçar conexões neurais e retardar o declínio cognitivo natural da idade.

+Leia também: Senso de propósito ajuda a resguardar a cognição

Além disso, estar em sala de aula (seja presencial ou virtual) promove a convivência entre gerações, amplia a rede de contatos e fortalece o sentimento de pertencimento.

No mercado de trabalho, a permanência ativa contribui para a autoestima, preserva a independência financeira e dá sentido ao dia a dia.

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Mudança cultural

O desafio que temos pela frente é cultural: precisamos quebrar a ideia de que envelhecer significa parar. O que as evidências mostram é exatamente o contrário.

Quanto mais os idosos são estimulados a aprender continuamente, mais se mantêm atualizados, confiantes e com ganhos concretos em saúde mental e qualidade de vida.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

Hoje, até mesmo a inteligência artificial pode ser usada como ferramenta de aprendizado, ajudando os idosos a explorar novos conhecimentos, praticar idiomas ou acompanhar tendências do mundo moderno. Integrar essas inovações ao cotidiano é também uma forma de manter a mente ativa e conectada ao futuro.

Envelhecer é um convite a continuar

Envelhecer não é sinônimo de interromper. É um convite a continuar. Continuar aprendendo, trabalhando, se conectando. Continuar ativo, aberto às mudanças e consciente de que cada fase da vida pode, e deve, ser plena de significado.

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Aprender, afinal, não é privilégio dos jovens. É um direito humano fundamental, capaz de garantir conhecimento, saúde, autonomia e felicidade em todas as idades.

+Leia também: Viver mais e melhor: veja histórias de quem está reescrevendo a velhice

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