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Especialistas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) discutem a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer no nosso país
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Pesquisa revela como Covid-19 afetou os pacientes com câncer no Brasil

Nove a cada dez oncologistas afirmaram que a instituição em que atuam adotou medidas eficazes para contornar às dificuldades impostas pelo coronavírus

Por Dra. Clarissa Mathias, oncologista da Sboc*
14 set 2020, 18h19

Preocupada com o panorama do câncer em tempos de pandemia, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lançou a campanha #ContraOCâncerESemCovid. Nosso objetivo é fornecer, aos profissionais de saúde e à sociedade civil, informações relevantes sobre o novo coronavírus, promovendo debates e evidenciando o importante papel do oncologista neste momento.

Como primeiro passo da campanha, a SBOC realizou uma pesquisa entre seus associados para entender melhor os impactos da Covid-19 em cada canto do país. O levantamento foi respondido por 120 membros, que trabalham nos sistemas público, privado ou em ambos. Mais de 74% informaram que tiveram um ou mais pacientes que interromperam ou adiaram o tratamento por mais de um mês durante a pandemia.

A situação é preocupante, já que muitas pessoas com câncer não estão sendo atendidas de forma adequada, com atrasos no tratamento e no diagnóstico. Quanto aos procedimentos, quase 70% dos médicos acreditam que as cirurgias oncológicas foram mais afetadas. Mas não só isso: para 22,5% deles, os exames de seguimento também encararam obstáculos. Não à toa, menos de 1% dos entrevistados afirmaram que nenhum procedimento sofreu consequências.

Uma das mudanças que a pandemia provocou foi a aceleração do uso da telemedicina. No início de abril, foi sancionada uma lei que autoriza essa prática para todas as áreas da saúde enquanto durar a crise da Covid-19. Essa tendência realmente está sendo incorporada pelos profissionais. Para ter ideia, 64% dos oncologistas declararam que passaram a utilizar as teleconsultas (a resposta não especificou se a ferramenta foi usada no sistema público, privado ou ambos).

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Segundo o levantamento, 9 a cada 10 médicos afirmaram que a instituição em que atuam conseguiu adotar medidas eficazes para contornar às dificuldades impostas pela Covid-19. Com o movimento ‘Contra o Câncer e Sem Covid’, a SBOC procura conscientizar os pacientes de que é possível dar andamento ao tratamento em segurança, pois as clínicas e hospitais estão adaptados a recebê-los.

Outra consequência da pandemia é o impacto salarial dos médicos. De acordo com a pesquisa, 28,57% dos entrevistados tiveram um corte de salário nesse período. As reduções chegam a até 50%.

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Mais um grande ponto de atenção para a SBOC envolve o diagnóstico de novos casos de câncer. Diante de qualquer sinal ou suspeita da doença, é fundamental procurar um profissional o mais rápido possível, pois o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura. É importante destacar, mais uma vez, que as instituições de saúde estão preparadas e seguindo rígidos protocolos de higiene e segurança para seguir atendendo a todos.

A SBOC permanecerá se dedicando à transmissão de informação de qualidade sobre a Covid-19 e câncer e continuará buscando, durante a pandemia e depois dela, maneiras de melhorar o cenário de diagnóstico tardio de câncer. O compromisso é o de proporcionar as melhores alternativas aos médicos e pacientes, além de oferecer educação de ponta aos profissionais da oncologia.

*Dra. Clarissa Mathias, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e Coordenadora do Comitê de Relações Internacionais.

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