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Variante Delta sobrevive nos celulares?

Leitora nos perguntou se novas cepas do coronavírus exigem aquele velho cuidado de limpar as superfícies de objetos

Por Fabiana Schiavon
25 ago 2021, 18h56
variante delta
Celulares devem ser limpos, mas manter as mãos higienizadas deve ser sempre a prioridade. (Foto: GI/Getty Images)
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O aumento de casos da variante Delta do coronavírus no Brasil fez ressurgirem dúvidas e medos sobre os meios de transmissão. Uma leitora nos perguntou, via Instagram, se o vírus pode permanecer em celulares.

Independentemente da cepa, o uso correto de máscaras, o distanciamento social e a vacinação ainda são as atitudes mais importantes em termos de prevenção. Já o contágio pelo toque em superfícies contaminadas se mantém mais raro.

Assim como o coronavírus original, as mutações também estão mais presentes no ar e, na maioria das vezes, chegam ao organismo por meio dos aerossóis – ou seja, as partículas que ficam suspensas depois que alguém tosse, espirra ou fala.

Em 2020, quando ainda se temia o toque em superfícies contaminadas, um estudo divulgado pela agência científica nacional da Austrália (CSIRO) e publicado no Virology Journal informava que o coronavírus podia permanecer em celulares, notas de dinheiro e peças de aço inoxidável por até 28 dias. O trabalho, no entanto, foi feito com esses materiais mantidos a 20 °C, em um ambiente laboratorial controlado.

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“Em termos numéricos, é muito mais frequente a transmissão aérea do que pelo contato”, reforça Wladimir Queiroz, consultor da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI).

+ LEIA TAMBÉM: Variante Delta reforça a importância do uso correto das máscaras

No caso do celular, sabe-se que o aparelho não higienizado fica repleto de micro-organismos, mas a prioridade é lavar bem as mãos antes e depois de utilizá-lo. “Adquirimos esse hábito de limpeza, e ele deve ficar para sempre”, comenta o médico. Afinal, o problema está em tocar a superfície contaminada e, depois, os olhos, o nariz ou a boca. O raciocínio é o mesmo para maçanetas, corrimãos e outras superfícies.

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De qualquer maneira, Queiroz lembra que é possível limpar o celular com álcool isopropílico, o mesmo que é indicado para lentes de óculos e máquinas fotográficas. “O álcool 70 líquido também dá bom resultado”, diz.

E as compras de supermercado?

Os itens que mais ficam expostos são aqueles encontrados nas prateleiras de mercados, apesar de o uso obrigatório de máscaras nesse ambiente reduzir significativamente o risco de transmissão.

Mesmo nesse caso, vale mais a pena lembrar da limpeza das mãos do que tentar higienizar cada produto. “Não adianta a pessoa borrifar álcool nas embalagens e tocar o rosto na sequência. Isso é muito mais arriscado”, alerta o imunologista.

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