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Tive sarna e os sintomas estão demorando para passar. E agora?

Entenda por que algumas pessoas demoram a se livrar da coceira, mesmo após o tratamento

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 ago 2024, 15h01
sarna humana
A coceira é um dos principais sinais da sarna humana ( Ilustração: Rodrigo Damat/Divulgação)
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A sarna, parasitose causada por um ácaro, tem como sinal mais comum a coceira. O contágio acontece apenas entre humanos, seja pelo contato direto com pessoas ou roupas e outros objetos contaminados.

Em alguns casos o incômodo na pele pode permanecer por um tempo após o tratamento. Mas será que é um episódio de sarna persistente? E como lidar com essa situação?

Recebemos a pergunta de um leitor sobre o tema. Ele conta que, dois meses após a infecção, ainda sofre com a sensação de que sua pele está queimando.

Você também pode participar, mandando uma mensagem para saude.abril@atleitor.com.br.

+ Leia também: A explosão das alergias: por que casos têm aumentado em todo o mundo?

O que causa a sarna humana?

A escabiose, também conhecida como sarna, é causada pela presença de um ácaro na pele, chamado Sarcoptes scabiei.

“Ele é transmitido pelo contato interpessoal entre seres humanos, como pegar na mão, abraçar ou brincar. Por isso, é muito comum que ocorra a transmissão rápida em ambientes com muita gente”, explica o médico dermatologista Alberto Oiticica Cardoso, assessor do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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Na maior parte dos casos, o diagnóstico é clínico, realizado a partir da avaliação médica. Além da coceira, os pacientes podem manifestar lesões nas camadas mais superficiais da pele em áreas específicas como abdômen, região das mamas, tornozelos, glúteos e genitais, principalmente no homem.

A identificação também pode ser feita a partir da visualização em microscópio de uma amostra coletada a partir da raspagem da pele, que revela a presença do ácaro inteiro, de fragmentos dele ou de seus ovos e fezes.

“Outra forma é a dermatoscopia, exame com a lupa dermatológica, que aumenta em dez vezes a imagem na pele e, em alguns casos, permite visualizar o ácaro na pele do indivíduo”, detalha Cardoso.

+ Leia também: Quando coceira e vermelhidão escondem a urticária crônica espontânea

Como é o tratamento?

O tratamento pode ser feito através de medicamentos tópicos, aqueles aplicados diretamente em uma área do corpo.

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Para isso, são utilizados compostos como permetrina, enxofre e monossulfiram. O benzoato de benzila também é um recurso útil, porém nem sempre adotado devido às reações irritativas e alérgicas.

“A ivermectina oral costuma ser recomendada em casos de escabiose grave, que afeta imunossuprimidos, chamada sarna crostosa”, acrescenta o dermatologista.

A sarna pode ser persistente?

A persistência da sarna está associada a casos em que o paciente não recebeu o tratamento adequado ou apresentou um novo contágio.

“É o que a gente chama de efeito pingue pongue: o paciente tratou, mas outras pessoas que ele tem contato não foram tratadas. Elas começam a apresentar sintomas e passam o ácaro para aquela pessoa que já tinha sido tratada inicialmente”, resume Cardoso.

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Para evitar isso, a orientação é que todas as pessoas que apresentam contato próximo com o paciente recebam o tratamento ao mesmo tempo.

“Isso vale até mesmo para aquelas que têm contato esporádico, como um avô que visita ou alguém que vai ajudar a tomar conta de uma criança, por exemplo”, frisa o médico.

+ Leia também: Tipos de câncer de pele, o tumor mais comum do mundo

A ideia de persistência também pode ser explicada pelo fato de que algumas pessoas tratadas podem apresentar coceira por um longo tempo. “Nesses casos, utilizamos medicações para diminuir a sensação de coceira e orientamos o paciente de que aquela situação vai passar, que é o que normalmente acontece”, pontua o especialista.

Se esse for o caso, o ideal é buscar um médico para obter a orientação correta para lidar com o incômodo.

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Prevenção da sarna

De maneira geral, a prevenção consiste em evitar contato com pessoas diagnosticadas e roupas contaminadas.

“É importante o cuidado com objetos compartilhados, como roupa ou roupa de cama e banho, cobertores. Se houver alguém com infecção na família, é fundamental comunicar os possíveis contactantes”, frisa a dermatologista Analupe Webber, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção Rio Grande do Sul (SBD-RS).

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