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Quais são as principais causas de infertilidade feminina?

No período destinado à conscientização sobre o tema, médica explica os motivos que diminuem as chances de ter um filho naturalmente

Por Natália Ramos, ginecologista*
26 jun 2023, 18h35
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Os avanços da medicina reprodutiva estão aumentando as chances de sucesso quando há infertilidade no casal. (Ilustração: Ricardo Davino/SAÚDE é Vital)
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Segundo o último relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é uma condição que afeta uma a cada seis pessoas no mundo. No entanto, apenas cerca de 35% dos casos são associados ao sexo feminino.

Para as mulheres de até 35 anos, o diagnóstico costuma ser feito após 12 meses de tentativas naturais. Para quem tem mais de 35 anos, o tempo é de 6 meses.

Mas, como perguntam diversas leitoras de VEJA SAÚDE, o que está por trás dessa dificuldade?

A idade é a principal causa de infertilidade feminina no mundo. A razão para isso está na reserva ovariana, que diminui ao longo da vida das mulheres e sofre uma queda mais acentuada a partir dos 35 anos, tanto em quantidade quanto em qualidade.

É ela a principal responsável por determinar quantos óvulos serão liberados durante a fase reprodutiva da vida da mulher, que vai da primeira menstruação à menopausa.

Outras causas comuns para a infertilidade dizem respeito a problemas de ovulação, obstrução das tubas uterinas — que transportam o óvulo fertilizado até o útero — e doenças ginecológicas, como a endometriose, miomatose uterina e pólipo uterino.

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A nutrição também desempenha um papel importante nesse processo: a obesidade e a magreza excessivas, bem como um estilo de vida pouco saudável, podem aumentar as chances de receber o diagnóstico.

+ LEIA TAMBÉM: A ascensão da reprodução assistida

Diagnóstico da infertilidade

Os sintomas de infertilidade feminina não costumam ser físicos, exceto quando associados a outras questões ginecológicas. O maior indicativo de infertilidade é quando as tentativas de engravidar não são bem sucedidas, e o diagnóstico final só pode ser dado por um médico especialista.

A investigação, nesses casos, também costuma levar em consideração a regularidade das fases do ciclo menstrual, a existência de possíveis obstruções físicas, a avaliação do útero e, é claro, a tal da reserva ovariana — esta, em geral avaliada a partir do exame AMH. Em alguns casos, também pode ser avaliado o sêmen do parceiro.

Ao contrário do que se imagina, porém, o quadro de infertilidade não necessariamente é definitivo, e também não representa uma total impossibilidade de engravidar.

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Tratamento

As pessoas diagnosticadas podem passar por diferentes tipos de tratamento, a depender da causa, ou contar com técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, o coito programado e a inseminação intrauterina.

A prevenção da infertilidade feminina, diferentemente de outras doenças, não está associada ao uso de alguma medicação, mas sim a um conjunto de medidas. Elas englobam: um aconselhamento reprodutivo, baseado na reserva ovariana e planos de vida, além de adesão a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e manutenção da saúde mental.

Para quem já lida com outras doenças ginecológicas, porém, em casos mais extremos, o congelamento de óvulos, pode ser uma opção.

A melhor forma de estar preparada para lidar com a infertilidade é se informar. Quando sabemos mais sobre a doença, os riscos e a prevenção e o tratamento, tomamos decisões mais conscientes. E o momento da consulta com um ginecologista é indispensável nesse sentido.

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* Natália Ramos é ginecologista especialista em fertilidade e líder clínica da Oya Care

Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Oya Care

 

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