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Leite integral, semidesnatado ou desnatado: qual escolher?

Não se baseie apenas na quantidade de gordura da bebida vinda da vaca. Há outras características que devemos colocar na balança

Por Thaís Manarini
Atualizado em 10 jan 2020, 10h46 - Publicado em 29 mar 2018, 09h40

Não é surpresa que a principal diferença entre os três tipos de leite encontrados no mercado diz respeito ao teor de gordura encontrado em cada um – o que, claro, interfere também no seu peso calórico. Para ter ideia, enquanto a versão integral apresenta a gordura em uma proporção de 3%, a semidesnatada tem de 0,6 a 2,9% do nutriente. Já o tipo desnatado possui menos de 0,5% de gorduras.

Falando assim, parece óbvio que o desnatado deveria ser o eleito para compor a dieta no dia a dia. Mas a verdade é que não deveríamos focar apenas em calorias e gordura – mesmo que ela seja saturada, cujo excesso é associado a um maior risco cardíaco.

Para a nutricionista Marcia Gowdak, diretora do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), se o indivíduo nunca teve um problema cardiovascular, seu perfil de colesterol está dentro dos conformes e ele tem uma dieta equilibrada e sem tanta gordura, não há motivo para tirar o leite integral da rotina. Até porque a gordura saturada desse alimento não é de um tipo que só eleva o colesterol LDL, considerado ruim. Ela também dá uma forcinha para aumentar o colesterol HDL, com efeitos positivos no organismo.

Antonio Herbert Lancha Jr., professor de nutrição da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP), concorda com Marcia. “Não dá para transformar o leite integral em vilão”, afirma. O que vai definir pra valer a qualidade da dieta é o conjunto dos alimentos consumidos ao longo do dia. Agora, quem se entope de outras fontes de gorduras saturadas – como queijos, carnes vermelhas e ovo –, precisa repensar esse balanço mesmo.

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Tem outra coisa. “Uma das funções da gordura é proporcionar saciedade”, lembra Marcia. Então, quem seleciona o leite desnatado sem pensar duas vezes pode, pouco após o consumo, já sentir a fome bater. E, ao restringir demais a gordura, não raro as pessoas acabam abusando de outros nutrientes. Só que, dentro do corpo, esse exagero também leva à formação de gordura.

Lancha Jr. acrescenta mais um argumento que joga contra o leite desnatado: “Quando se retira a gordura, reduz-se o aporte principalmente das vitaminas A e D”, conta. É verdade que o Ministério da Saúde recomenda o acréscimo desses nutrientes à bebida – e muitas marcas de fato fortificam seus produtos desnatados. Mas, segundo ele, a absorção pode ficar prejudicada e mais lenta.

Com base nesses pontos, a opção semidesnatada em geral seria a mais vantajosa, já que tem gordura (mas não muita) e mais sabor do que o leite desnatado. Porque não adianta ser magrinho e não dar prazer nem matar a fome, certo?

Um raio-x dos tipos de leite

Integral
Aqui, a gordura marca presença – está em uma proporção de 3%. Por causa dela, as vitaminas A e D, conhecidas como lipossolúveis, são preservadas. Tem 120 calorias por copo de 200 mililitros.

Semidesnatado
Tem de 0,6 a 2,9% de gordura, para sermos exatos. Isso dá entre 1,2 e 5,8 gramas por copo. Soma 85 calorias.

Desnatado
É o leite mais enxuto, com menos de 0,5% de gordura – o que dá, no máximo, 1 grama em um copo. Fornece 60 calorias. Mas as vitaminas A e D nem dão as caras. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda o acréscimo desses nutrientes à bebida.

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