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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Chega ao Brasil um novo remédio para a compulsão alimentar

Perder o controle emocional diante da alimentação pode ter graves consequências à saúde. E um tratamento inédito por aqui ajuda a lidar com esse problema

Por Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 14 Maio 2021, 09h01 - Publicado em 13 Maio 2021, 11h33
foto de hamburguer
Transtorno de compulsão alimentar pode afetar 5% da população adulta. (Foto: Alex Silva/A2 Estúdio)
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Muita gente já passou por episódios em que desconta todo o estresse e a ansiedade do dia a dia num prato de comida. É uma situação em que, literalmente, perdemos o controle e passamos a “comer” com as nossas emoções.

Episódios assim até podem ocorrer de vez em quando, mas, quando acontecem pelo menos uma vez por semana durante o período mínimo de três meses, sinalizam uma condição mais séria. Trata-se do transtorno de compulsão alimentar, um dos mais comuns na população, chegando a acometer cerca de 5% dos adultos.

A compulsão alimentar é geralmente mais frequente em pessoas que convivem com maior grau de ansiedade e com distúrbios de humor. O complicado é que ela predispõe a obesidade, diabetes, pressão alta e outras doenças crônicas.

O episódio de compulsão costuma ser solitário, sem a presença de familiares e amigos, devido ao sentimento de vergonha ao ingerir, em poucos minutos, o equivalente a três ou mais pratos de comida. A vítima cita a famosa frase: “comecei achando que ia comer uma pequena quantidade, mas terminei comendo tudo”.

A sensação de perda de controle é corriqueira, assim como a de arrependimento — diferentemente de outros transtornos alimentares, nesses casos o indivíduo não induz vômitos ou ingere laxativos para compensar a ingestão excessiva.

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Infelizmente, a maioria das pessoas com compulsão alimentar não possui diagnóstico firmado. Isso porque muitos nem sequer procuram ajuda médica. A abordagem, aliás, deve ser multiprofissional, incluindo psiquiatra, endocrinologista, psicólogo e nutricionista.

A terapia cognitivo-comportamental há muito tempo é uma excelente aliada no controle desse transtorno psiquiátrico, assim como as intervenções nutricionais e a prática regular de exercícios. Mas nem todo mundo obtém sucesso com essas ferramentas. Daí a boa notícia do primeiro medicamento devidamente testado para a finalidade de reduzir episódios de compulsão alimentar aprovado no Brasil.

Falamos da lisdexanfetamina, que já havia sido aprovada nos Estados Unidos há seis anos para o tratamento do problema. Desenvolvida pela farmacêutica Takeda, ela já estava no mercado como opção terapêutica para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Agora, respaldada por estudos, ganha essa nova indicação.

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A lisdexanfetamina atua no cérebro regulando neurotransmissores ligados ao prazer e à vontade de comer. O número de crises de compulsão se reduz com o uso crônico do medicamento, que será prescrito por ora apenas para casos de compulsão moderados a graves. Obviamente ele só deve ser usado sob supervisão médica, pois possui algumas contraindicações.

O tratamento é de longo prazo e o tempo de uso vai depender da resposta do paciente. Em como toda doença crônica, sucessos e recaídas podem fazer parte do tratamento. Daí a importância da adesão aos medicamentos e às mudanças no estilo de vida.

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