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É hora de tirar as marcas da psoríase da vida do paciente

Revolução no tratamento pode mudar a vida das pessoas acometidas pela doença, como mostra um especialista no Dia Mundial da Psoríase

Por Ricardo Romiti, dermatologista*
Atualizado em 1 fev 2021, 16h18 - Publicado em 29 out 2018, 12h09

Antes de abordar o tratamento da psoríase, é preciso ressaltar que estamos falando de uma doença de pele com enorme impacto no bem-estar físico e psíquico. E ela não é contagiosa. Essa questão de não ser transmitida é desconhecida por grande parcela da população e, como as lesões permanecem visíveis em várias partes do corpo, acabam gerando preconceito e isolamento social.

A doença pode acometer qualquer pessoa, no entanto, quem tem histórico familiar de psoríase deve ficar mais atento a possíveis sintomas. Diagnósticos realizados precocemente pelo dermatologista aumentam as chances de efetividade do tratamento. No Brasil, estima-se que a enfermidade atinja cerca de 5 milhões de indivíduos – ou seja, ela é relativamente frequente.

Mais do que lidar com o problema de pele, o paciente precisa estar preparado para encarar desfechos emocionais. Em muitos casos, eles podem ser mais danosos do que a presença das placas avermelhadas e descamativas espalhadas pelo corpo.

Para corroborar com esse cenário, uma pesquisa internacional da farmacêutica Eli Lilly, feita com mais de 2 300 pacientes em 26 países, mostrou que o Brasil é o segundo no ranking de impacto da doença sob a ótica dos entrevistados. O trabalho trouxe dados que merecem nossa atenção: 71% dos indivíduos com psoríase afirmaram que o problema crônico pode comprometer a qualidade de vida; 58% disseram que a doença prejudica as atividades profissionais; 62% relataram interferência na vida social e 67% têm o desejo de retomar uma vida normal.

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Outro ponto que merece destaque é a principal expectativa dos brasileiros em relação ao tratamento: 73% esperam a remissão total das lesões de pele, o que em um passado recente era impraticável. Mas os tempos mudaram…

Nós, médicos, que enfrentamos o desafio diário de acompanhar a longa e incessante jornada desses pacientes, sempre tivemos a mesma expectativa que eles no que se refere ao anseio pelo surgimento de terapias que realmente mudem a vida das pessoas. A boa notícia é que, de pouco tempo para cá, podemos afirmar que esse desejo está virando realidade com a chegada de uma classe promissora de medicamentos injetáveis chamados biológicos. Em alguns casos, eles têm potencial para eliminar de 90 até 100% das lesões na pele.

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O tempo de resposta desse tipo de terapia é outro aspecto relevante. Com resultados visíveis já após poucas semanas de tratamento, grande parte das lesões de pele podem sumir em apenas três meses, o que é considerado um benefício inovador.

Outras vantagens que precisam ser mencionadas são a facilidade na adesão ao tratamento, com o simples manuseio de uma caneta aplicadora – que está cada vez mais tecnológica e possui uma agulha fina que gera mais conforto e praticidade – e o bom perfil de segurança, que minimiza efeitos adversos significativos. Com um cenário favorável e promissor, a partir de terapias recém-chegadas ao Brasil, a expectativa de médicos, pacientes e sociedade como um todo é de que o acesso a essas tecnologias seja ampliado, devolvendo a qualidade de vida aos indivíduos acometidos pela doença.

Dr. Ricardo Romiti é dermatologista e coordenador do Ambulatório de Psoríase do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Também é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e do International Psoriasis Council (IPC)

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