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Vira-lata ou cão de raça: qual adotar?

Cães e gatos sem raça definida são tão inteligentes quanto os que vêm com pedigree e até mais resistentes. Considere isso na hora de escolher o bichinho que vai levar para casa

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 16h49 - Publicado em 25 abr 2011, 22h00
Vira-lata ou cão de raça: qual adotar?

Se você encontrar um vira-lata na rua e resolver adotá-lo, o melhor a fazer é levá-lo logo a um veterinário
Foto: Dreamstime

Os cães e gatos sem raça definida estão longe de serem considerados puros, não possuem características marcantes que os diferenciem e nem se encaixam exatamente em padrões de beleza. A palavra que os classifica, associada ao hábito de revirar latas de lixo em busca de comida, aparece nos dicionários como um sinônimo de “sem classe, sem-vergonha”. Mas os cães e gatos sem raça definida (SRD) driblaram a má fama.

Foi-se o tempo em que os vira-latas eram deixados do lado de fora das casas. Segundo levantamento feito pelo Instituto Datafolha, que entrevistou 613 donos de cães na cidade de São Paulo, apenas 26% dos pets foram comprados. Estima-se, portanto, que o restante não tenha pedigree ou raça definida. No caso dos felinos, uma pesquisa encomendada pela Comissão de Animais de Companhia, que reúne empresas do setor veterinário, aponta que quase 80% dos gatos dos lares brasileiros também estão na categoria SRD.


Menos nobreza e mais esperteza?

Cães e gatos mestiços são considerados mais inteligentes que a maioria dos animais de raça. E um estudo feito pela Universidade de Aberdeen e Napier, na Escócia, vem colaborar com essa teoria. A pesquisa aplicou sete testes diferentes em um grupo de 80 cães. De acordo com os profissionais envolvidos, os vira-latas apresentaram melhor noção de espaço e resolveram problemas – como procurar ossos embaixo de latas – com mais facilidade do que os colegas com pedigree. Mas a avaliação não é unânime. O professor veterinário Daniel Guimarães Gerardi, de Porto Alegre, por exemplo, não se entusiasma: “Os vira-latas são tão inteligentes quanto qualquer outro animal. Esse desempenho independe da raça. Está mais ligado a habilidades específicas de cada bicho”.


O quesito comportamento é outra variante a ser considerada na hora de adotar um pet mestiço. Para quem acha que eles podem ser uma fonte de confusão, a opinião do veterinário Marcelo Quinzani, de São Paulo, não deixa de ser uma surpresa: “Vira-latas, principalmente os que têm um histórico de vida na rua, são mais dóceis”, ele afirma. “Isso se dá devido ao instinto de sobrevivência. Sendo mais amistosos, eles conquistam mais cuidados.” E os espertinhos são tão aptos ao adestramento quanto qualquer outro animal de estimação.

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Atenção e carinho

Animais que tiveram suas características selecionadas por reproduções programadas tendem a desenvolver problemas típicos daquela raça. No caso de cães e gatos vira-latas, não há um biótipo específico. Eles têm diferentes pelagens, tamanhos e características físicas proporcionados pelos cruzamentos ao acaso. “Essa variedade genética contribui para que esses animais se tornem menos predispostos a desenvolver determinadas doenças, como insuficiência renal e dermatites”, teoriza Daniel Gerardi. Mas vale o alerta: isso não significa que a imunidade seja total. Avaliar a aparência física do cachorro, por exemplo, é uma boa maneira de investigar se existe predisposição a algum mal. “Cães de grande porte podem ter problemas articulares, enquanto os de focinho achatado tendem a apresentar dificuldades respiratórias”, ensina Marcelo Quinzani.

Ou seja, vira-lata também é bicho – trate da saúde dele como faria com qualquer animal. A vacinação deve estar sempre em dia, prevenir o aparecimento de pulgas, carrapatos e vermes garante o bem-estar e check-ups periódicos vão ajudar a mantê-lo sempre saudável. Quanto à alimentação, nenhum segredo: as rações devem respeitar o porte e a idade do animal. No mais, passeio e carinho são mais que bem-vindos.

Se você encontrar um desses animais na rua e resolver adotá-lo, o melhor a fazer é levá-lo logo a um veterinário e mantê-lo isolado dos outros animais da casa por alguns dias. Esse período de observação é importante para perceber se o bichinho tem alguma doença ainda incubada em seu organismo. Depois de um mês de avaliação, o veterinário poderá dizer se seu novo companheiro está suficientemente saudável para tomar as vacinas de praxe. Vale lembrar: cachorros e gatos, uma vez por ano, devem receber uma dose para espantar o vírus da raiva. Os primeiros recebem ainda a vacina múltipla, a V10, que protege contra cinomose, adenovírus, parainfluenza, parvovírus, coranovírus e dois subtipos de leptospirose, além de ser imunizados contra a gripe canina. Já os felinos devem ser vacinados para evitar rinotraqueíte, panleucopenia, clamídea e vírus calicivírus.

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