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Um ano de boas-novas no tratamento do diabete

Carlos Eduardo Barra Couri, especialista em diabete, destaca novas formas de monitorar e tratar o excesso de açúcar no sangue

Por Redação Saúde é Vital
Atualizado em 28 out 2016, 13h32 - Publicado em 29 mar 2016, 12h41

Tudo indica que 2016 será um ano e tanto para os diabéticos. A começar pelo lançamento do tão esperado monitor de glicose que livrará os pacientes das picadas diárias nos dedos para conferir o açúcar no sangue. O sensor Freestyle Libre (Abbott) tem um cateter de silicone ultrafino com cerca de 4 centímetros de comprimento e a espessura de um fio de cabelo e é inserido na pele do braço, permitindo visualizar em tempo real os valores de glicemia durante 15 dias consecutivos.

Os resultados são mostrados em um leitor, aparelho semelhante a um celular, que armazena os dados e ainda mostra gráficos de tendências para facilitar a interpretação do usuário. O sensor pode ser usado com o devido cuidado até durante a prática de esportes, inclusive natação, e nos ajudará a entender melhor o dia a dia da pessoa com diabete, bem como analisar a glicemia em horários difíceis, como o período da madrugada. É como se fosse um Big Brother do diabete — e sem a dor das picadinhas. Pessoas que já utilizaram a tecnologia nos Estados Unidos e na Europa relataram melhor qualidade de vida e maior sensação de controle do problema.

Leia também: 10 promessas da ciência para combater o diabetes

Outra novidade que está por vir é a insulina inalável Afrezza (Sanofi). Trata-se de um produto inovador na sua forma de aplicação – o mesmo empregado para doenças como a asma e o enfisema pulmonar. Na história recente do diabete, aliás, testemunhamos o lançamento de outra insulina inalável, só que esta foi retirada do mercado prematuramente.

A Afrezza é uma insulina humana que vem em pó dentro de cápsulas. Um dispositivo vendido juntamente com o hormônio é responsável por quebrar a cápsula e liberar o pó. Com uma aspiração firme e profunda, o paciente inala a insulina para os pulmões, onde é então absorvida pela corrente sanguínea. A inalação deve ser feita no início de cada refeição. Mais uma vez, adeus, picadas.

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Até o chamado pâncreas artificial está a caminho da realidade dos pacientes. O fato é que, desde a publicação do nosso livro O Futuro do Diabete, em 2011, muito da futurologia exercida vem se concretizando e ainda se concretizará. Aqui temos uma pitada do que vem por aí, e outros tratamentos, como o uso de células-tronco, se anunciam. Mas é preciso lembrar (sempre) que nenhuma tecnologia poderá dar resultado se o diabético não aderir à grande base do tratamento, formada por alimentação saudável, atividade física regular e educação sobre a doença.

Dr. Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista e pesquisador da USP de Ribeirão Preto. Coordena estudos com o uso de células-tronco no diabete e é autor de O Futuro do Diabete, lançado por SAÚDE.

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