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Tristeza no coração: você sabia que a depressão maltrata as artérias?

Pesquisa Sinta Seu Coração revela que as mulheres desconhecem essa perigosa relação

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 14h17 - Publicado em 20 jan 2014, 22h00
Regina Pereira
Regina Pereira (/)
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Foto: Getty Images

Embora a tristeza profunda seja considerada por cientistas como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, apenas 4%das 5 318 participantes da pesquisaSinta Seu Coração associa a depressão com o infarto

O trabalho, realizado pelas revistas SAÚDE e CLAUDIA em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e apoio da Nestlé, reúne informações coletadas nos meses de junho e julho de 2013 por meio de um vasto questionário. Os dados levantados dão pistas de que a ala feminina anda insatisfeita com aspectos que resvalam na vida amorosa, profissional e sexual. “Esse retrato denuncia um desgaste vindo da jornada, que engloba trabalho, filhos e casamento”, comenta o cardiologista Otavio Gebara, do Hospital Santa Paula, na capital paulista.

 O levantamento revela que 21% sentem ansiedade, 14% estão estressadas, 12% sentem fadiga e 6% vivem tristes. E o pior é que as mulheres ainda não perceberam a importância de zelar por suas emoções em prol da saúde do coração. Essa negligência é um perigo, afinal esses distúrbios psicológicos favorecem danos aos vasos. Estudos mostram que a depressão está por trás do aumento de substâncias inflamatórias na circulação. Tal mecanismo machuca o endotélio – a parede interna do vaso – e favorece a deposição de gordura, o que serve de gatilho para a formação da placa, isto é, da aterosclerose.

 Não bastasse a tendência à inflamação, quadros depressivos interferem com o sistema responsável pelo relaxamento e contração dos vasos e assim a hipertensão pode dar as caras.

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Para piorar, as pacientes deprimidas não têm disposição para a prática de atividade física e não cuidam direito do próprio cardápio, o que é um prato cheio para desencadear problemas cardiovasculares

Diante de um quadro assustador como este, as sociedades médicas começaram a incluir em suas diretrizes propostas para rastrear a depressão nos consultórios, independente da especialidade.

De onde vem a tristeza sem fim?

A doença tem forte componente genético, mas existem alguns estopins capazes de facilitar seu surgimento, caso do luto, da ruína financeira ou da separação conjugal. Os hormônios também têm sua parcela de culpa e graças a eles, as mulheres têm o dobro do risco se comparadas aos homens.

Uma das maneiras de prevenir a angústia é procurar gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Sim, a turma do sexo feminino precisa aprender isso urgentemente. A pesquisa Sinta seu Coração mostra que 18% raramente dividem seus problemas com outras pessoas. Estimular a prática de atividade física é mais uma excelente estratégia fundamental na prevenção do problema.

 

Veja alguns dados da pesquisa:

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Atualmente você diria que sempre…

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Você acha que reconhece suas limitações, físicas ou psíquicas?

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Sabe impor limites quando julga necessário?

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Foto: Rodrigo Maroja

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