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Primeira infância: a fase de consolidar bons hábitos alimentares

O caráter da criança começa a ser delineado entre 2 e 6 anos, uma fase em que ela expõe suas vontades também nas refeições

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 23 fev 2017, 16h43 - Publicado em 9 out 2013, 22h00
Reportagem: Edna Gomes / Edição: MdeMulher
Reportagem: Edna Gomes / Edição: MdeMulher (/)
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Fazer com que os pequenos se alimente bem é um grande desafio para os pais
Foto: Getty Images

Acontece nas melhores famílias. Aquele bebê dócil que não rejeitava nenhuma papinha dá lugar a uma criança cheia de vontade própria e disposta a escolher as comidas de sua preferência. Em alguns casos as birras se tornam frequentes na hora das refeições e, para os pais, esses momentos viram um tormento. “Não é bom que a família se estresse. Ela deve aceitar a seleção feita pela criança, mas, aos poucos, é importante introduzir no cardápio novas opções”, aconselha a nutricionista Giana Zarbato Longo. Seguir essa cartilha é fundamental. A primeira infância é a fase ideal para consolidar os bons hábitos alimentares, cultivados desde o momento em que a dieta sólida começa a frequentar a rotina da garotada.

O risco da anemia

Nessa etapa da infância muitos pequenos têm deficiência de ferro. “A origem, em alguns casos, está no desmame precoce”, diz o nutrólogo Mauro Fisberg. “Algumas mãe não sabem direito como incluir o ferro na dieta”, lamenta o pediatra Ary Lopes Cardoso. “Não basta ingerir vegetais. É preciso consumir mais carne vermelha.” Uma boa dica é dar suco de laranja ou de acerola junto com alimentos ricos no nutriente. A vitamina C ajuda na absorção do ferro.

Paladar apurado

A criançada nessa fase tem queda por carboidratos, como pães, macarrão e doces. “Eles são fonte de energia e têm sabor agradável. Nesse período as papilas gustativas – responsáveis pelo paladar na língua – estão no auge”, explica a nutricionista Isabel Costa Ribeiro.

Dobradinha imbatível

Segundo o pediatra Ary Lopes Cardoso, o tradicional prato de arroz com feijão nunca deveria ficar de fora do cardápio da garotada. “Nele estão todos os nutrientes necessários. O arroz é rico em carboidratos. E o feijão tem proteínas e fibras, além de minerais como o iodo e o cromo”, diz o médico. “Se toda criança tivesse acesso a pelo menos essa refeição, não teríamos desnutrição infantil.”

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As principais necessidades nutricionais*

O que não pode faltar na dieta da criança entre 2 e 6 anos

Complexo B

Para que serve: fortalece as defesas. Auxilia no metabolismo
Onde encontrar: verduras, legumes e carnes

Ferro

Para que serve: importante para o transporte de oxigênio pelo sangue e para o desenvolvimento cognitivo (inteligência / aprendizado)
Onde encontrar: carnes (especialmente vermelhas) e grãos

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Cálcio

Para que serve: bom para ossos e dentes
Onde encontra: leite e derivados

Zinco

Para que serve: ajuda na síntese de DNA e RNA e estimula as defesas, o apetite e o paladar
Onde encontrar : carnes e peixes

* Nutrientes mais importantes nessa fase. Outros igualmente essenciais devem fazer parte de uma alimentação balanceada. 

Fonte: Mauro Fisberg, nutrólogo de São Paulo

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