Panleucopenia: como evitar esta doença que ataca os gatos
A panleucopenia é uma doença que ataca o sistema imunológico dos gatos, arrasando com a saúde do bichano
É fundamental que o filhote que ainda precisa ser vacinado não ponha as patinhas para fora de casa nem conviva com outros gatos
Foto: Dreamstime
Você já ouviu em falar sobre panleucopenia? Está doença é séria e exige cuidados.
Basta o contato com qualquer secreção de um gato infectado – fezes, urina, saliva – e pronto: a contaminação é praticamente inevitável. A panleucopenia evolui depressa e provoca diversos danos. “Logo o animal fica apático e febril, perde o apetite, vomita e apresenta uma diarréia intensa, que pode durar uns dez dias e causa muita dor abdominal”, descreve o veterinário Marcos Eduardo Fernandes, de São Paulo. Mas isso nem é o pior da história. “O vírus da doença, de cara, destrói as células de defesa, abrindo a guarda para o surgimento de todo tipo de infecção”, completa.
“Gatos idosos e filhotes nem sempre resistem”, lamenta a veterinária Fernanda Fragata, de São Paulo. “As fêmeas gestantes abortam e, em alguns casos, a visão do animal fica comprometida.” Apesar de os sinais clínicos serem evidente, costuma-se pedir um exame de sangue. “É a prova dos nove”, compara a veterinária Luciane Martins, de São Paulo. Uma vez confirmada a presença do vírus, não há muito o que fazer contra ele em si – nenhum medicamento consegue combatê-lo. “O que indicamos, então, são vitaminas e antibióticos para evitar o ataque de bactérias que se aproveitam da queda de imunidade e procuramos afastar a ameaça de desidratação com soro, já que o gato doente perde muito líquido com os vômitos e o intestino solto”, explica Marcos Eduardo Fernandes.
Todo esse quadro triste pode ser evitado com a vacina. É fundamental que o filhote que ainda precisa ser vacinado não ponha as patinhas para fora de casa nem conviva com outros gatos. Muitos menos, é claro, compartilhe com colegas bichanos água, comida, brinquedos ou caixa sanitária. Se a mãe for vacinada, tanto melhor. Ela também transmitirá anticorpos para suas crias, o que ajudará a protegê-las até a imunização.
Saiba onde o causador dessa infecção adora se instalar
No filhote o vírus pode atingir os nervos, comprometendo a coordenação motora e a retina. O animal novinho costuma ficar cego.
· A medula óssea, onde as células de defesa são produzidas, e o sistema linfático, por onde circulam, são seu primeiro abrigo. O trato gastrointestinal também é dominado com rapidez.
· O aparelho reprodutivo das fêmeas muitas vezes sofre danos. Os riscos são aborto e nascimento de filhotes com problemas neurológicos.
Prepare o contra-ataque
É só ficar de olho no calendário de vacinação
· Aos 60 dias de idade o gato deve receber a primeira dose da vacina quádrupla ou da quíntupla. Ambas imunizam contra a doença.
· Um mês depois leve-o para receber a segunda dose. Só a partir daí ele poderá conviver com outros animais.
· Espere outros 30 dias para a última dose.
· E eis a questão: lembre-se de que os reforços são anuais.