Os riscos de uma dieta restritiva na adolescência
Práticas pouco saudáveis para o controle de peso aumentam a probabilidade de jovens desenvolverem transtornos alimentares
É necessário incentivar uma alimentação sem restrição desse ou daquele tipo de comida, mas que respeite quantidades adequadas”, aponta a nutricionista Greisse Viero da Silva Leal
Foto: Getty Images
Não é raro que alguns adolescentes tenham de ficar de olho no prato para evitar quilos de sobra. Acontece que muitos meninos e meninas em forma acabam tomando medidas radicais no seu dia a dia em busca de um ideal de beleza. Segundo um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidadede São Paulo, 31,9% de 1 167 jovens observados adotavam métodos considerados nocivos à saúde para conquistarem uma barriga trincada e 12,2% já mostravam sinais de distúrbios graves, como compulsão, anorexia e bulimia. “É necessário incentivar uma alimentação sem restrição desse ou daquele tipo de comida, mas que respeite quantidades adequadas”, aponta a nutricionista Greisse Viero da Silva Leal, autora do trabalho. A infância e a adolescência são épocas de aprendizado e, portanto, bons momentos para se acostumar a comer direito – o que é bem diferente de comer pouco.
A situação em números
Entre os jovens que lançavam mão de alguma medida drástica para emagrecer…
…20,6% pulavam refeições
…20,4% ingeriam pouca comida
…7,4% usavam substitutos alimentares
…2,1% tomavam remédios para emagrecer desnecessariamente
…1,6% fumava cigarros para perder peso