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Meninas que viram “mocinhas” antes da hora: como orientá-las?

Muitas meninas sofrem o impacto das transformações da puberdade bem antes da hora. Confira o por quê

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 06h09 - Publicado em 18 ago 2011, 22h00

Nas meninas a puberdade antecipada deixa mais sequelas na cabeça do que no corpo
Foto: Getty Images

A infância deveria estar em sua plenitude, mas a menina ganha altura a cada dia, os mamilos já despontam, os pêlos crescem e aquele odor inconveniente exalado das axilas é sentido a distância. O tempo parece ter voado, escorrido pelos dedos. Os médicos chamam esse quadro – que pode surgir aos 8 anos de idade ou até antes disso – de puberdade antecipada. A percepção geral nos consultórios é de que ela está se tornando mais comum, embora não existam estatísticas a respeito.

Talvez um dos motivos seja o seguinte: nos dias de hoje bastaria um escorregão biológico, por assim dizer, para uma garotinha virar adolescente antes do previsto. Afinal, as meninas já estão menstruando mais novas do que a mãe e as avós. Isso é um fenômeno natural. “Nós o chamamos de aceleração secular do crescimento”, diz a pediatra Maria Ignez Saito, de São Paulo. “De século em século a primeira menstruação chega mais cedo e o crescimento é mais rápido.”

Atualmente considera-se normal que as transformações fisiológicas da puberdade sejam disparadas entre os 8 e os 13 anos nas meninas. Se as mudanças surgem antes disso, é para prestar atenção. Pode ser a tal puberdade antecipada. Ou, então, algo que mereça o rótulo clínico de puberdade precoce – quando esses sinais aparecem em quem mal completou, se é que completou, 6 anos de idade. O problema em questão tem a ver com o funcionamento antecipado da hipófise e do par de glândulas supra-renais, responsáveis por secretar os hormônios do desenvolvimento sexual.

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Além de encurtar a infância, a puberdade precoce pode levar à baixa estatura – o esqueleto logo esgota sua capacidade de se desenvolver. Claro, a pequena precisará ser tratada por um pediatra ou até mesmo por um hebiatra, que é o médico especializado em adolescência. “Ele irá analisar vários exames para tentar bloquear o problema”, conta a endocrinologista Angela Spinola e Castro, de São Paulo. Os médicos apelam para substâncias que impedem o avanço da maturação sexual. Entre elas o hormônio GNRH. “Ele faz a idade óssea, aos poucos, ficar proporcional à cronológica”, resume a endocrinologista Ieda Verreschi.

Nas meninas a puberdade antecipada – aquela que dá as caras antes dos 8, mas não muito antes disso – deixa mais sequelas na cabeça do que no corpo. “A transformação física acontece, mas a emocional não”, lembra a psicóloga Célia Horta, de São Paulo. “Para piorar, a garota se sente deslocada no seu grupo de amigas e, às vezes, os próprios pais não sabem como agir.” Ou seja, em casos assim os adultos também precisam de orientação. Entre outros motivos porque será praticamente impossível evitar a exposição da criança e eles poderão ajudá-la a lidar com as informações que recebe dos colegas.

Sua filha está adiantada?

Observe se o botão mamário já desponta. Ele é o primeiríssimo sinal do amadurecimento sexual. Logo surgem também os pêlos pubianos, que não têm relação com o desenvolvimento do aparelho reprodutor, mas… Note também a velocidade do ganho de estatura. “O estirão puberal acontece antes da menstruação, logo que a puberdade se inicia”, diz Maurício de Souza Lima. Se sua filha desembestou a crescer ainda na infância, não é motivo para alarme, mas vale a pena fazer um exame da idade óssea. “É importante saber em que fase do desenvolvimento ela se encontra”, completa o hebiatra.
 

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