Meias de compressão: saiba se você precisa usá-las
Indicadas para prevenção e tratamento de problemas como varizes e trombose, elas são recomendadas para diversos perfis.
Para ter resultado, as meias precisam ter uma pressão gradual, com valor mínimo de 15 mmHg.
Ilustração: Marcelo Garcia
1. Obesos
O excesso de peso contribui para varizes e trombose. Isso porque os quilos extras costumam sobrecarregar a musculatura das pernas, o que dificulta o retorno do sangue para o coração. As meias atenuam o cansaço nos membros inferiores e ajudam a evitar complicações.
2. Gestantes
Já no início da gravidez, certos hormônios costumam dilatar as veias. No final, o barrigão pode pesar para as pernas, aumentando o risco de varizes. É por isso que se aconselha o uso de meias de compressão a partir do segundo ou terceiro trimestres da gestação.
3. Esportistas
Eles recorrem aos modelos de compressão para aumentar a performance durante a atividade física. Com o sangue circulando bem, o cansaço demora mais para chegar. As meias utilizadas para esses fins reduzem o inchaço e dão mais firmeza à panturrilha.
4. Sedentários
O retorno do sangue para o coração depende também de quanto nos movimentamos. Em pessoas que ficam muito tempo em pé ou sentadas – por motivos profissionais ou não -, o líquido se acumula nas pernas, causando desconforto. Usar as meias nesse período traz alívio.
5. Mais velhos
Com o avançar da idade, é natural que as veias fiquem mais flácidas e suas válvulas, menos ativas. Para complicar, é após os 50 anos que os inimigos da circulação tendem a aparecer – caso da pressão alta. Assim, o sangue pode penar tanto para chegar às pernas como para voltar de lá.
6. Operados
É comum que indivíduos recém-submetidos a cirurgias de grande porte usem uma meia de compressão especial, com ação antitrombótica. O motivo é que o repouso após a operação favorece a formação de coágulos nas veias – estopim para problemas até fatais.
Fontes: Celso Bregalda Neves, cirurgião vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Francisco Osse, cirurgião vascular e diretor do Centro Endovascular de São Paulo; Pedro Pablo Komlós, cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.