Cinco anos após os primeiros casos, cientistas definem o que é a aids. No mesmo ano, a primeira ocorrência no Brasil é identificada, em São Paulo. Os jornais da época chamavam a doença de peste gay.
1985
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Após disputas entre franceses e americanos pela autoria da descoberta do agente por trás da doença, ele é batizado de HIV – em português, vírus da imunodeficiência humana. O primeiro teste para diagnosticá-lo é desenvolvido.
1986
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O Ministério da Saúde cria o Programa Nacional de DST-Aids.
1987
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Enquanto no Rio de Janeiro cientistas da Fundação Oswaldo Cruz isolam pela primeira vez o vírus no Brasil, nos Estados Unidos, o AZT – pioneira entre as drogas utilizadas no combate à doença – começa a ser prescrito. Ainda nesse ano, o primeiro dia de dezembro é estabelecido como o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
1991
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O governo brasileiro passa a fornecer os antirretrovirais de graça. E a fita vermelha que ilustra esta reportagem torna-se o símbolo da batalha mundial travada com o mal.
1992
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Em São Paulo, uma menina de 5 anos é impedida de se matricular em uma escola pública por ser portadora do vírus. O Ministério da Educação condena o ato e institui medidas para combater a discriminação.
1993
A aids passa a ser avaliada também pela contagem de linfócitos CD4+ no sangue. Se essas células de defesa estão abaixo do nível esperado, é preciso iniciar o tratamento mesmo sem sintomas.
1994
O Ministério da Saúde passa a distribuir gratuitamente preservativos em postos de saúde e em ações pontuais. Os programas de prevenção no país ganham impulso após parceria do governo com o Banco Mundial.
1995
Os avanços no diagnóstico e no controle estão a todo vapor. Entretanto, aumenta o número de portadoras mulheres e de recém-nascidos soropositivos.
1996
O coquetel – combinação de diferentes drogas para inibir o vírus – começa a ser aplicado em larga escala. O governo brasileiro regula o acesso a esses remédios e registra o aumento dos casos no interior do país e entre as classes sociais menos favorecidas.
2000
Um ano depois da boa-nova de que o número de mortes em decorrência da aids havia caído pela metade, uma notícia triste: a incidência entre as mulheres, que antes era de uma infectada para 25 homens, passa a ser de uma para cada dois homens.
2003
O Brasil recebe um prêmio de 1 milhão de dólares de uma fundação americana por suas ações de combate ao HIV. O número de soropositivos em tratamento chega a 150 mil no país.
2011
Neste ano, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde chamou a atenção para o aumento da incidência do mal entre jovens com idade entre 15 e 24 anos. Desde 1980, o número de casos passa dos 600 mil.