Ficar parado no trânsito expõe mais à poluição do ar
Levantamento mostra que o engarrafamento aumenta a quantidade de partículas químicas presentes no interior dos veículos
A qualidade do ar está abaixo do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 98% das grandes cidades — principalmente nos países pobres e em desenvolvimento. E, de acordo com o último relatório da OMS sobre o assunto, 3 milhões de pessoas morrem prematuramente por causa dessa sujeirada toda. Quer ver a situação piorar? Os engarrafamentos, semáforos e cruzamentos contribuem para intensificar a ação dos poluentes. Isso porque a concentração de compostos químicos aumenta em relação à observada em estradas abertas, sem pontos de parada.
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Esse dado é de uma pesquisa da Universidade de Surrey, no Reino Unido, e pode servir como alerta para mudanças de hábitos. É que, segundo os experts, fechar a janela e desligar o ar nesses casos já é suficiente para diminuir em 76% a alta concentração de partículas nocivas dentro do automóvel. Pedestres que aguardam para atravessar num semáforo, ou em algum cruzamento, também ficam à mercê do mau ar, mas, infelizmente, não têm nenhuma janela para fechar. O jeito, então, é não respirar pela boca. Isso porque ela possui menos proteção contra poluentes se comparada ao nariz, que é munido de células especializadas em eliminar sujeira.
Quer saber por que é tão importante encontrar maneiras de escapar desses compostos? Listamos alguns efeitos da poluição sobre o corpo:
1. Cabeleira desidratada
Os cabelos retêm milhões de partículas dos poluentes, ganhando um aspecto sujo e sem brilho. Às vezes, precisam ser lavados diariamente, de preferência com produtos compostos de queratina. Vale usar uma musse hidratante após o banho para conservar as madeixas mais íntegras.
2. Sujeira à flor da pele
A exposição à fumaça faz com que haja uma impregnação dos gases tóxicos nos poros da pele, o que a deixa cheia de impurezas. Felizmente, a superfície desse tecido, a epiderme, barra a sujeira, impedindo que ela alcance as camadas mais profundas. Uma limpeza com sabonete é suficiente para contribuir com a faxina.
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3. Ameaça pulmonar
Cada vez que inspiramos, uma grande quantidade de poluentes entra nos pulmões, irritando-os. A deposição desses gases atrapalha o funcionamento do aparelho muco-ciliar, composto de células que trabalham para eliminar os micro-organismos inalados. Esse prejuízo leva ao aumento de doenças respiratórias, além de estimular crises de asma, rinite, bronquite e sinusite.
4. Reprodução comprometida
Os testículos também sofrem com a poluição, já que a fumaça interfere na produção dos espermatozoides. Como resposta, as células de defesa passam a reconhecê-los como invasores, atacando-os e afetando sua qualidade e capacidade de fecundação.
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5. De olhos bem vermelhos
A poluição, associada à baixa umidade do ar, leva a uma evaporação excessiva das lágrimas. Como consequência, há uma irritação dos olhos, que podem ficar secos, embaçados e avermelhados. Para amenizar a reação, é recomendável lançar mão de um colírio de soro fisiológico.
6. Trânsito nas veias
Com a entrada dos gases na circulação, ocorre a liberação de substâncias como a angiotensina e a endotelina, que contraem os vasos. Elas são as responsáveis pelo aumento da pressão arterial e da coagulação sanguínea, deixando o líquido vermelho mais espesso. Isso favorece o entupimento de veias e artérias.
7. Ação e reação
A poluição aumenta a intensidade de contração dos brônquios dos pulmões, desencadeando um mecanismo de defesa. Graças a ele, os músculos dos brônquios apertam-se para evitar a inalação de novos poluentes. Isso acaba
obstruindo a passagem do ar, o que dificulta a respiração e provoca tosse, crises de asma e rinite.
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Mais dicas para fugir da poluição
• Evite praticar atividade física ao ar livre entre 10 e 16 horas e nos horários de pico de trânsito. Faça exercícios o mais cedo possível, quando ainda não há movimento nas ruas.
• Abuse de frutas, verduras e legumes ricos em vitamina C, como a laranja e o pimentão. Eles combatem os radicais livres, moléculas produzidas pelo corpo que, em excesso, podem favorecer diversos males.