Sempre se falou que o LDL, conhecido como colesterol ruim, favorece o entupimento das artérias, enquanto o HDL, a versão do bem, varre o excedente para fora dos vasos. Portanto, a ordem é manter as taxas de LDL lá embaixo e as de HDL nas alturas.
Ocorre que um time do Instituto do Coração, o InCor, em São Paulo, passou a desconfiar da total veracidade da história depois de observar que muitos dos infartados que chegavam ao pronto-socorro apresentavam taxas na medida de HDL.
Ao investigar o caso, descobriram que o tal do guardião das artérias não atua tão bem quando o organismo é sedentário e não está em boas condições. Por outro lado, se há condicionamento físico, o tal do HDL trabalha melhor e há uma menor probabilidade de o LDL se depositar na parede das artérias.
Mas o estudo não parou aí. Os profissionais do InCor constataram que, mesmo que as moléculas de HDL permaneçam no mesmo patamar, quando se faz atividade física elas melhoram de desempenho. Em outras palavras, o exercício aperfeiçoa a capacidade de o HDL fazer faxina nos vasos. Na prática, isso diminui o risco de entupimentos capazes de culminar em infartos e AVCs.
O achado foi reconhecido como destaque da categoria Saúde do Coração no Prêmio SAÚDE de 2008. E, se você é profissional da área e tem um projeto tão bacana como esse, não perca tempo e se inscreva na edição 2015 do Prêmio SAÚDE. Basta acessar o site https://premiosaude.com.br/inscricao/.