Os músculos da garganta e da boca são como uma sanfona. Quando estão esticados, o ar passa silencioso. Mas, ao relaxarem à noite, podem ficar cheios de dobrinhas – e, aí, vibram com o entre e sai de oxigênio, provocando roncos. Estima-se que essa barulheira ecoe pela cavidade bucal de 40 a 60% da população. Listamos, abaixo, cinco fatores que podem estar por trás da sinfonia na hora do sono:
1. Excesso de peso
Não é só na barriga que a banha se aloja. O excesso de gordura torna a língua maior e mais flácida, aumentando o risco de travar a garganta. Na faringe e no pescoço, o inchaço dificulta a passagem do ar. E tudo isso, junto, transforma a cavidade bucal em um potente amplificador.
2. Ser do sexo masculino
O problema é três vezes mais comum entre os homens. Enquanto a testosterona relaxa a garganta, a progesterona das mulheres diminui o risco de obstruções. “Por isso que, a partir da menopausa, algumas mulheres começam a roncar”, afirma Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono.
3. Anatomia desfavorável
A arquitetura da face influencia o surgimento dos roncos. Um queixo pequeno ou para trás, desvios de septo e obstruções nasais, por exemplo, podem ecoar os ruídos por diferentes motivos. A solução para esses casos costuma ser uma cirurgia de correção.
4. Bebida e cigarro
O álcool descontrai ainda mais a musculatura bucal durante o período de descanso (e, a essa altura, você já deve ter entendido que frouxidão é sinônimo de barulheira). O cigarro, por sua vez, irrita as vias aéreas. Elas inflamam e, aí, podem inchar até deixar a respiração turbulenta.
5. Dormir de barriga pra cima
A culpada, nesse cenário, é a própria gravidade. Entenda: ela arremessa a língua para trás e, desse modo, bloqueia a garganta. Viu?! Há até base científica para dar aquela empurradinha no companheiro que, quando adota essa posição, começa a rugir na cama.