Anvisa exige retenção de receita para uso de Mounjaro e Ozempic
A aposta agora é em empresas de tecnologia como a Voy, que faz a gestão do tratamento 100% online

O número de pessoas com sobrepeso e obesidade segue em alta no Brasil: 59% da população está acima do peso, segundo o Datafolha. Com isso, cresceu também a busca por alternativas menos invasivas do que cirurgias, e o uso de medicamentos como Mounjaro e Ozempic para emagrecer se popularizou.
Conhecidos como “canetas emagrecedoras”, esses remédios foram originalmente desenvolvidos para tratar o diabetes tipo 2. Por imitar o hormônio GLP-1 no organismo, ajudam a regular a glicose, reduzir o apetite e prolongar a saciedade, o que também levou ao uso em casos de obesidade e sobrepeso.
Apesar dos resultados positivos, o emprego sem prescrição e acompanhamento clínico tem causado efeitos colaterais que oferecem riscos à saúde. Foi nesse cenário que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) endureceu as regras para a venda desses medicamentos em farmácias e drogarias.
Regulação mais rigorosa para conter excessos
Atenta ao uso indiscriminado dessas substâncias, a Anvisa passou a exigir, desde o último dia 23, a retenção da receita médica para sua compra. A nova regra segue os mesmos critérios da venda de antibióticos:
- receita em duas vias, com retenção na compra em farmácias e drogarias;
- validade de 90 dias a partir da data de emissão da receita.
Além disso, a agência reguladora também determinou que toda compra de análogos a GLP-1 deve ser cadastrada no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
As novas exigências para o uso de Mounjaro, Ozempic e outros devem influenciar a forma como os tratamentos para obesidade e sobrepeso são conduzidos, reforçando a necessidade de acompanhamento médico contínuo. Nesse cenário, soluções como a Voy, plataforma de saúde que faz a gestão do tratamento 100% online, tendem a ganhar relevância.
Entre os objetivos da decisão da Anvisa, estão coibir a automedicação e limitar o uso a casos com indicação médica, evitando que os medicamentos sejam tomados de forma indiscriminada ou apenas por motivação estética.
Para a endocrinologista Karine Antunes, o uso inadequado dessas substâncias pode trazer sérias consequências. “A administração em dosagens incorretas ou sem real necessidade pode aumentar os efeitos colaterais, comprometer a eficácia do tratamento e até levar a descompensações metabólicas”, alerta a médica.

Um jeito prático e seguro de emagrecer
Fundada no Reino Unido em 2018, a Voy propõe um modelo de cuidado integrado e 100% digital para quem busca perder peso de forma saudável, prática e segura.
A gestão do tratamento só tem início depois de um médico credenciado analisar caso a caso e avaliar a necessidade de prescrição, com base nas informações fornecidas em um questionário online. Ao longo da jornada, o progresso é acompanhado por uma equipe multidisciplinar de especialistas, como nutricionistas e farmacêuticos, e há um canal direto de atendimento via WhatsApp garantindo suporte rápido e eficaz.
“O foco não é só perder peso, mas entender a relação com a comida, prevenir carências nutricionais e evitar o chamado efeito sanfona”, explica a nutricionista Ph.D. Renata Araujo, credenciada na plataforma da Voy. Para ela, o acompanhamento profissional garante segurança, adesão ao plano alimentar e mudanças reais no estilo de vida.
Outro diferencial da Voy é a praticidade: caso haja prescrição médica, a empresa faz a gestão da compra e da entrega por meio de farmácias parceiras, sem que a pessoa precise sair de casa ou pagar frete para receber os medicamentos.
“A proposta é estruturar toda a jornada, inclusive o momento do desmame, que exige atenção especial. Apoiar o paciente na volta do apetite e na manutenção do peso faz toda a diferença a longo prazo”, afirma a farmacêutica Lenyta Gomes, também parceira da empresa.
Com mais de 100 000 pessoas já acompanhadas, a Voy aposta em um modelo de gerenciamento que alia ciência, tecnologia e cuidado contínuo para tornar o emagrecimento mais prático, seguro e sustentável a longo prazo.