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A hora certa do bebê nascer

Por que algumas mães e médicos evitam partos em feriados, ignorando a importância de esperar que o bebê defina o momento certo de vir ao mundo?

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 22h02 - Publicado em 16 abr 2013, 22h00

 

O momento certo de nascer é decidido pelo bebê
Foto: Getty Images

Se fosse possível escapar de fazer aniversário em determinada época do ano, qual seria a mais evitada? Os pequenos provavelmente indicariam o Natal ou o Dia das Crianças para não passar pela frustração de ganhar apenas um presente para duas celebrações distintas. Pois esse que poderia ser um simples exercício de imaginação pode estar influenciando as mães a decidirem a melhor ocasião para a chegada de seus bebês, meses antes de eles darem os primeiros sinais de que estão prontos para vir ao mundo.

A conclusão é de um estudo feito na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, por Alexandre Chiavegatto Filho, hoje pós-doutorando na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Ao analisar quase 2 milhões de nascimentos na capital paulista na última década, ele percebeu que um dos dias prediletos seria o Internacional da Mulher, 8 de março. Já Natal e Ano-Novo são os mais rejeitados, assim como Finados, em 2 de novembro. Essas datas renegadas registram média de 360 partos cada uma, ante os cerca de 529 dos outros dias do ano.

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O pesquisador vê duas razões por trás dessa tendência: os pais não querem o aniversário do novo membro relacionado a uma ocasião negativa (caso do Dia dos Mortos) e têm certa resistência a passar feriados inteiros no hospital.

A palavra final é do bebê

A ideia de que a conveniência interfere na decisão de agendar o final da gravidez ganha força ao se constatar que, entre 2001 e 2010, houve queda de 10,2% no número de mulheres que dão à luz aos domingos – dias considerados de folga. “As cesáreas permitem essas manipulações na data”, observa Alexandre Chiavegatto. “Só que, em troca da comodidade para a família, a criança pode nascer prematura”, alerta.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o trabalho de parto de baixo risco é feito entre 37 e 42 semanas de gestação. Mas isso não quer dizer que toda criança esteja preparada para deixar o ventre materno antes dos últimos dias desse período mais seguro. O médico explica que os pulmões, por exemplo, completam o desenvolvimento nos últimos dias de gestação – aguardá-los é vital para evitar desconforto respiratório. “Cada uma evolui em um ritmo”, lembra Julio Elito Junior, professor do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo. “O momento certo é decidido pelo bebê. Quando seu corpo inteiro estiver maduro, ele dará o aviso de que está pronto para sair”, resume o obstetra.


Nove meses depois

O corpo da mãe e o do bebê estão em sintonia e dão início a um trabalho fisiológico expulsivo, que pode levar 12 horas.

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Na gestante

Paciência e força

1. Primeiros sinais: a mulher sente de duas a três contrações em dez minutos. Elas são provocadas pela ocitocina, hormônio produzido no hipotálamo.

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2. Dilatação: são cerca de 12 contrações em um período de uma hora. Os movimentos fazem com que o colo do útero se dilate 1 centímetro por hora, em média.

3. Efeito dominó: a dilatação atinge de 6 a 8 centímetros e provoca o rompimento da bolsa-d’água – escoa então o líquido que envolve e protege o bebê. Ele deve nascer nas próximas horas.

4. Período expulsivo: a dilatação total do colo do útero pode atingir 10 centímetros. É a hora em que a mãe, mesmo involuntariamente, começa a fazer força para que o pequeno saia.

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No bebê

Acomodação natural

1. Preparo: até o início do trabalho de parto, os músculos do períneo da mãe pressionam a cabeça da criança, de modo que seu queixo fique encostado no próprio peito.

2. Passagem: com o rompimento da bolsa, as contrações e a dilatação, o bebê é empurrado para fora. O queixo desencosta do peito. Primeiro sai a cabeça, depois um ombro de cada vez e então o resto do corpo. O líquido do pulmão do bebê é expelido, porque o corpo é espremido pelas contrações.

3. Etapa final: depois que o bebê sai, a mãe fica em observação para haver certeza de que não houve problemas na remoção da placenta. Caso contrário, há o risco de infecção.
 

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