9 coisas que o filme Divertida Mente ensina sobre o cérebro e as emoções
A animação vencedora do Oscar se passa dentro da cabeça de uma criança e diz muito sobre a forma como lidamos com os sentimentos
O filme Divertida Mente, sucesso de público e crítica da Disney e da Pixar, conta a história de Rilley, uma garota de 11 anos que enfrenta uma série de mudanças em sua vida. A principal delas foi sair de sua cidade natal, no estado de Minnesota (EUA), para morar na longínqua cidade de São Francisco. O enredo se desenrola dentro da cabeça da menina, onde cinco emoções — Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo — são responsáveis por processar as informações e armazenar as memórias. O desenho foi dirigido pelo americano Pete Docter, que procurou ajuda de psicólogos e neurologistas na preparação do roteiro. Abaixo, listamos nove conceitos trabalhados nas cenas que encontram respaldo na ciência. Eles podem dizer muito sobre como você enxerga o mundo e lida com as coisas ao seu redor:
1. As memórias são fixadas pelas emoções
Durante o filme, os cinco sentimentos ficam dentro de uma sala, onde acompanham tudo o que acontece com Rilley. Os principais eventos do dia são guardados em esferas — a representação de nossas memórias. Cada uma delas tem uma cor e está relacionada com o sentimento mais forte daquele momento. Pode ser alegria, tristeza, raiva… Já se sabe que as lembranças são fixadas no cérebro junto com um estado de humor. “Todas as recordações que temos, sejam elas boas ou ruins, trazem consigo sentimentos”, explica a neuropsicóloga Cleide Lopes, do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
2. Não existe sentimento melhor ou pior
3. A tristeza é necessária
4. O medo nos faz sobreviver — assim como o nojo
Esses dois sentimentos nos livram de grandes enrascadas. O medo impede que entremos na jaula do leão durante uma visita ao zoológico. O nojo, por sua vez, não deixa a gente comer um lanche apodrecido. “O segredo está em equilibrar as emoções e não permitir, por exemplo, que o temor nos impeça de sair de casa”, exemplifica a neuropsicóloga.
5. Muita alegria é ruim
6. A raiva impede injustiças
Calma, ninguém está falando que gritar e quebrar tudo são soluções para os problemas. Mas especialistas na área de psicologia concordam que esse sentimento tem o potencial de indignar e corrigir eventuais injustiças. O segredo, mais uma vez, está no equilíbrio. “A raiva estimula o sujeito se defender. Mas se ultrapassa os limites, ela se tornar destrutiva”, analisa.
7. Há memórias que acabam apagadas — e esquecer pode ser algo bom
8. A memória define (e influencia) a sua personalidade
9. Nós temos um verdadeiro arquivo de memórias