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6 motivos para você comer ovo sempre

Estudos vem destruir qualquer temor: o ovo pode até fazer bem ao coração. E ele ainda pode ajudar contra ganho de peso, o diabetes e perda de memória.

Por Thaís Manarini
Atualizado em 27 set 2018, 11h08 - Publicado em 15 jun 2015, 10h24

1. Favorece a perda de peso 

O ovo acaba de ser apontado como um dos principais alimentos capazes de aumentar a saciedade e prevenir ataques de gulodice – especialmente se for incluído no café da manhã. A sensação de barriga cheia se justifica facilmente: o produto da galinha é uma excelente fonte de proteínas, nutriente que suprime o apetite por mais tempo. Mas não adianta ingeri-lo no desjejum e deixar de adotar outras medidas a fim de manter ou perder peso. Para economizar nas calorias do próprio ovo matinal, por exemplo, use pouquíssimo (ou nenhum) óleo no preparo e evite acompanhamentos como bacon e presunto. Foi esse combo que contribuiu para a má fama do ovo no decorrer dos anos.

2. Conserva os músculos

Já viu aqueles ratos e ratas de academia que levam um pote de claras pra comer no trabalho? Pois, exageros à parte, eles estão cobertos de razão em escolher essa porção do ovo para alimentar a musculatura. Tudo por causa das já citadas proteínas, que abundam na parte branquinha. A principal delas é a albumina – que serve de matéria-prima inclusive para suplementos. “O ideal é que a clara seja consumida após o treino, porque é bem nesse período que ocorre a degradação e a formação dos músculos”, orienta o educador físico Herbert Lancha Júnior, professor da Universidade de São Paulo (USP). “A recomendação é consumir até duas claras depois do exercício, de preferência com uma fonte de carboidrato, como tapioca ou pão integral”, ensina a nutricionista Paula Crook, da PB Consultoria em Nutrição, na capital paulista.

3. Resguarda as artérias

Se um dia o ovo foi apedrejado, o motivo estava no fato de sua gema ser um reduto de colesterol. A acusação acabou caindo por terra quando se descobriu que, ao mesmo tempo que fornecia o componente, o alimento também continha substâncias que bloqueavam sua chegada à corrente sanguínea. “Hoje se sabe que apenas um terço do colesterol da dieta é realmente absorvido”, esclarece o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração, o InCor, em São Paulo. Parece estranho dizer isso, mas o colesterol dos alimentos não se traduz necessariamente em mais colesterol trafegando pelos vasos. No caso dos ovos, um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, até indica que o consumo diário daria uma força para o aumento da fração boa do colesterol, o HDL.

4. Protege a visão

Abra bem os olhos antes de descartar a gema do ovo. É lá que você encontra duas substâncias caras aos globos oculares: a luteína e a zeaxantina. Estamos falando de pigmentos com propriedades antioxidantes capazes de se acumular na retina, o tecido no fundo dos olhos que converte as imagens em impulsos lidos pelo cérebro. Em um estudo da Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos, os experts viram que o consumo de duas a quatro gemas por dia durante cinco semanas teve um efeito contra a degeneração da mácula, a porção central da retina e responsável pela captação dos detalhes.

5. Encara o diabetes

A notícia veio contra tudo o que se falava até então: estudiosos da Universidade da Finlândia Oriental analisaram, por quase 20 anos, 2 332 homens de 42 a 60 anos e observaram que os fãs de ovos estavam menos propensos ao diabetes tipo 2. “Nosso achado contrasta com levantamentos anteriores, que ainda associavam o consumo de ovos a um pior estilo de vida”, relata o professor de epidemiologia da nutrição Jyrki Virtanen. O menor risco de diabetes foi encontrado em pessoas que ingeriram cerca de quatro unidades por semana.

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“O alimento tem um conjunto de componentes vantajosos, incluindo substâncias anti-inflamatórias, que atuariam contra o descompasso da glicose”, afirma Virtanen. Para o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto, é difícil bater o martelo sobre esse papel preventivo. “A pesquisa depende de questionários preenchidos pelos participantes, sujeitos a equívocos, e não consegue excluir fatores que influenciariam o desfecho”, argumenta.

Mas e quem já tem diabetes e precisa ficar ficar mais atento ao colesterol? Um novo trabalho australiano avaliou a ingestão de ovos em 140 diabéticos e constatou que duas unidades por dia, ao longo de um mês e meio, não pioram o perfil de gordura no sangue. Mesmo diante desse resultado, convém ponderar com seu médico. “Ovo não é remédio, mas pode ser bem-vindo dentro de uma alimentação adequada”, diz Couri.

6. Preserva a memória

A gema (olha ela de novo!) é um dos principais reservatórios de colina, uma vitamina que, lá no cérebro, tem a nobre função de ajudar a cuca a processar e a guardar lembranças. Ela é ingrediente para a formação de um neurotransmissor chamado acetilcolina. “E a maioria das vias neurais responsáveis pela memória depende da acetilcolina”, explica a nutricionista e mestra em neurociências Selma Dovichi, professora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Segundo as orientações atuais, a necessidade diária de colina é de 425 miligramas para as mulheres e 550 para os homens. “Uma gema de ovo oferece aproximadamente 238 miligramas”, conta Selma. É praticamente metade da quantidade recomendada. Alguns estudos já sugerem que a ingestão de colina está associada a uma melhor performance cognitiva. Para coroar, a luteína e a zeaxantina da gema (de novo, de novo!) também parecem interferir positivamente na massa cinzenta.

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