Radiofrequência estética funciona? Quais os cuidados necessários?
Procedimento usado contra a flacidez é considerado seguro, mas não pode ser feito de qualquer maneira

Muito procurada como uma técnica não invasiva para tratamentos estéticos, a radiofrequência ainda gera dúvidas sobre as situações em que é indicada e os eventuais cuidados que sua aplicação pode exigir.
O método conta com boas evidências de eficácia para tratar problemas envolvendo flacidez e textura da pele, além de ajudar na modulação do contorno corporal.
Mas, apesar de ser considerada segura na maioria dos casos, a radiofrequência deve sempre ser empregada por profissionais habilitados, pois não está isenta de riscos.
Saiba mais sobre a técnica.
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Como funciona a radiofrequência
Com auxílio de um aparelho específico, correntes elétricas são utilizadas para gerar um campo eletromagnético. Este, por sua vez, é direcionado para a região da pele que será alvo do tratamento.
O objetivo é elevar a temperatura dos tecidos de forma não ablativa. Isto é, atingindo camadas mais profundas da pele, sem afetar a região superficial, algo que é possível regulando a frequência das ondas utilizadas.
A mudança de temperatura da derme mais profunda leva a um aquecimento do colágeno e das fibras elásticas que existem por ali. Os resultados provocam uma remodelação do tecido, especificamente a melhora de aspectos como a elasticidade e a firmeza da pele. Ela pode ser útil, também, em casos de celulite.
Definir a indicação específica para o uso da radiofrequência — em contraposição a um procedimento com laser, por exemplo — depende de avaliação médica individualizada.
Embora às vezes sejam usadas com fins semelhantes, as várias técnicas disponíveis no mercado têm diferenças envolvendo custos, número de sessões e tempo de recuperação. É importante entender os potenciais e limitações de cada método com base nos seus objetivos.
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Cuidados com o uso da radiofrequência
Embora seja considerada segura na maioria dos casos, a radiofrequência exige cuidados na aplicação e só deve ser feita por profissionais habilitados. O risco maior é para procedimentos no rosto, devido à pele mais fina — uma aplicação incorreta (muito lenta ou sem os movimentos necessários) pode provocar queimaduras.
A técnica só deve ser feita quando não há ferimentos ou infecções não cicatrizadas no rosto.
Além disso, a radiofrequência é contraindicada para pessoas com problemas de saúde que afetam a coagulação, por quem tem próteses ou obturações metálicas e usuários de marca-passo. Por falta de dados suficientes atestando a segurança, ela também não é recomendada para gestantes.
Outras contraindicações específicas precisam ser avaliadas caso a caso. Não realize nenhum procedimento estético sem o aval de um médico dermatologista.