Preenchimento de olheiras funciona? Conheça os riscos do procedimento
Medidas para atenuar o escurecimento da pele ao redor dos olhos são perigosas e não são definitivas

A região ao redor dos olhos é uma das áreas mais sensíveis da face, especialmente no que diz respeito à pele. Por isso, noites de sono mal dormidas e outros fatores podem provocar o surgimento de olheiras, também chamadas de hiperpigmentação periorbital.
Na tentativa de disfarçar ou combater essa mudança de cor na pele, muitas pessoas têm procurado por procedimentos estéticos variados.
No entanto, além de correr riscos decorrentes da má aplicação de substâncias nessa região do rosto, na maioria das vezes o preenchimento das olheiras não representa uma solução definitiva para a questão.
Entenda o que realmente são as olheiras e quais os riscos envolvidos nos procedimentos para disfarçá-las.
+Leia também: Dossiê olheiras: como tratar e evitar que elas apareçam
O que são e como aparecem as olheiras?
O escurecimento da região dos olhos é um fenômeno comum que pode acontecer até com crianças. Existem três tipos de olheiras: vasculares, pigmentares e profundas.
As olheiras vasculares englobam aquelas provocadas por noites de sono mal dormidas, por exemplo. Quando não se dorme bem, a região abaixo dos olhos tem baixa circulação do sangue, o que altera a coloração da pele. O fenômeno se intensifica quando a pele é muito fina ou esbranquiçada, o que favorece a visualização dos vasos capilares.
Já as olheiras pigmentares são caracterizadas pela deposição de pigmentos como a melanina e a hemossiderina, provocada pela decomposição de hemácias do sangue. Fatores genéticos podem influenciar nesse acúmulo de pigmentos.
As olheiras profundas, por sua vez, também são provocadas por características genéticas. A anatomia da área dos olhos de cada pessoa pode favorecer a formação de bolsas de pele e outros desníveis que projetam uma sombra no local, interpretada como olheira.
Outros motivos que provocam olheiras incluem a exposição ao sol, a fricção em torno dos olhos, o envelhecimento da derme, doenças respiratórias que alteram a oxigenação da pele e o tabagismo. Além da rinite, pacientes com dermatite atópica e dermatomiosite também podem desenvolver olheiras como consequência dessas doenças.
Os riscos de procedimentos nas olheiras
Como vimos, os motivos para o aparecimento das olheiras são variados e nem sempre são evitáveis. Por isso, a maioria dos procedimentos estéticos utilizados para tentar fazer com que as olheiras desapareçam raramente são definitivos, apenas amenizando ou mudando essa coloração temporariamente.
Outra questão importante é que qualquer intervenção na região próxima aos olhos pode representar um perigo, seja com produtos cosméticos, medicamentos ou cirurgias.
Na tentativa de amenizar as olheiras, o uso de cremes despigmentantes, peelings, clareamentos, luz intensa pulsada e outras medidas até podem ajudar, mas, ao interromper o uso, a coloração da pele retorna. Já as misturas de séruns, óleos, rodelas de pepino e até pasta de dente não funcionam e podem, inclusive, levar a problemas sérios.
Quem possui a pele escurecida por questões anatômicas geralmente busca o preenchimento dessa região da face, que não é indicado com métodos permanentes, tais como tatuagens e PMMA. A pele pode ficar diferente do restante do rosto e o perigo de reações adversas é alto.
Já o preenchimento com ácido hialurônico e a toxina botulínica têm o risco de deixar a região inchada, expandir a pálpebra e obstruir o canal lacrimal. De qualquer forma, o ácido é reversível e tanto ele quanto o botox são absorvidos pelo organismo após alguns meses.
Em todos os casos, antes de qualquer procedimento deve-se consultar um dermatologista para avaliar o que está provocando as olheiras e o que pode ser feito para melhorar a saúde da pele.