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PMMA: conheça os riscos da substância que Maíra Cardi quer remover do rosto

Influenciadora diz que não conhecia os problemas associados ao preenchimento, quando se submeteu à técnica há cerca de 15 anos

Por Maurício Brum
13 nov 2024, 16h19
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  • A influenciadora Maíra Cardi vem relatando nas redes sociais sua saga em busca de remover um preenchimento de PMMA que fez há cerca de 15 anos. “De tempos em tempos dá uma inchada e eu fico igual ao Fofão”, contou Cardi, que desconhecia os riscos da substância quando se submeteu ao procedimento.

    Popularizado em clínicas estéticas, o PMMA (sigla para polimetilmetacrilato) tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para alguns usos específicos, mas é contraindicado para grandes procedimentos generalizados. O produto pode levar a uma série de complicações de saúde e, em casos extremos, provocar até mesmo a morte.

    Foi o que ocorreu em julho, quando uma paciente do Distrito Federal acabou morrendo após aplicação de PMMA nos glúteos com uma profissional não habilitada.

    Na ocasião, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu nota reforçando que nenhum procedimento do tipo deve ser feito sem acompanhamento médico, pois o uso do PMMA poderia “produzir resultados imprevisíveis e indesejáveis, incluindo reações incuráveis e persistentes”.

    +Leia também: PMMA: o que é e quais são os riscos da substância usada em preenchimentos

    O que é o PMMA? Quais os seus riscos?

    O polimetilmetacrilato é um componente plástico que tem várias aplicações. Além do preenchimento subcutâneo, o PMMA também aparece, por exemplo, em produtos como lentes de contato.

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    O PMMA usado para fins estéticos tem o formato de microesferas, com uma aparência semelhante ao gel. No entanto, o produto não deve ser aplicado em grandes quantidades, podendo levar a quadros de infecção ou rejeição grave.

    Ao não ser reabsorvido pelo organismo, o PMMA também pode provocar deformações permanentes ao aderir nos tecidos ao redor, “endurecendo” e formando caroços que aderem ao tecido não podem ser removidos sem grandes riscos, o que ajuda a entender a dificuldade de Maíra Cardi em encontrar um médico disposto a reverter o procedimento.

    Enquanto algumas pessoas sofrem consequências imediatas, outras podem levar anos até sentir as alterações indesejadas provocadas pelo PMMA no corpo.

    Quando o PMMA pode ser usado?

    Apesar de ter ganhado espaço para diversos procedimentos estéticos, o PMMA é considerado um produto de risco máximo pela Anvisa – e só está autorizado para situações bem específicas, sendo contraindicado para outras aplicações.

    O PMMA pode ser usado em condições como a lipodistrofia ou em pequenas deformações estéticas (a palavra-chave, aqui, é “pequenas”).

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    A lipodistrofia é uma alteração na distribuição de gordura em pontos do corpo que pode ocorrer como consequência de diferentes questões de saúde, como em portadores do HIV. Já a correção volumétrica deve ser feita estritamente de forma pontual, em áreas pequenas, uma recomendação desrespeitada por muitos profissionais que aplicam o produto em clínicas estéticas.

    Em qualquer cenário, mesmo quando há autorização para o uso do PMMA, o procedimento deve ser avaliado criteriosamente pela equipe médica, pesando os prós e contras para aquele paciente individual.

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