Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Com a Palavra Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Lipodistrofia altera a distribuição de gordura e pode causar complicações

Especialista mostra como essa condição vai além da estética e detalha seus principais sinais e tratamentos

Por Renan Montenegro Júnior, endocrinologista*
17 abr 2024, 16h20

A lipodistrofia na verdade engloba um grupo de doenças ultrarraras caracterizado pela perda parcial ou generalizada da gordura corporal. E cabe destacar que o tecido adiposo é, além do principal local de armazenamento de energia, considerado um órgão vital de uma rede complexa que regula diversas funções biológicas.

A condição afeta aproximadamente uma a quatro pessoas por milhão no mundo e pode ocorrer ainda no início da vida – não há dados confiáveis no Brasil. No caso de recém-nascidos, às vezes causa morte prematura.

O principal sinal de lipodistrofia é a desigualdade da distribuição da gordura em diferentes áreas do corpo. Pode haver aumento, diminuição ou ausência da mesma. 

A falta de gordura corporal, por sua vez, resulta na perda da produção de leptina, um hormônio que, entre outras funções, regula a fome, o metabolismo e os níveis de glicose no sangue. 

+Leia também: Lipedema: o que é, quais são os sintomas e como tratar

A enfermidade está associada a outras condições graves, como pancreatite, doença hepática, diabetes grave de início precoce e problemas cardiovasculares. É importante ficar atento aos sinais para que não ocorra o diagnóstico tardio, o que pode levar ao agravamento da doença e causar múltiplos danos aos órgãos.

Continua após a publicidade

Existem dois subgrupos da doença: a lipodistrofia generalizada (LG) e a parcial (LP). A LG é um distúrbio complexo caracterizado pela ausência generalizada de tecido adiposo subcutâneo e deficiência resultante no hormônio leptina. Isso provoca alterações metabólicas que incluem resistência à insulina, diabetes e hipertrigliceridemia, além de deposição de gordura no fígado, músculos e outros órgãos.

Já a LP é um grupo variável de síndromes, como a lipodistrofia parcial familiar, que tem maior probabilidade de apresentar músculos e veias proeminentes, sinais de resistência à insulina e hiperandrogenismo em mulheres. 

Dentro desse grupo, outro exemplo é a lipodistrofia parcial adquirida, marcada pelo acúmulo de gordura nos quadris, nádegas e membros inferiores, além de complicações metabólicas leves e hipertrofia muscular.

O diagnóstico das diferentes lipodistrofias é realizado mediante um exame físico em que é observado o padrão de deposição da gordura corporal e exames complementares para identificar a causa. Nas formas hereditárias, o teste genético é um complemento importante para o diagnóstico assertivo.

BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

Favor usar palavras com mais de dois caracteres
DISTRIBUÍDO POR
Continua após a publicidade

A lipodistrofia tem cura?

Não, mas existem tratamentos que podem ajudar a amenizar os danos físicos e emocionais causados pela doença. A opção por um ou outro depende do tipo da síndrome e da quantidade de gordura acumulada, entre outros fatores.

Um dos tratamentos é a reposição de leptina, realizada por via subcutânea. O tratamento, após iniciado, deve ser mantido por toda a vida. Em caso de suspeita da doença, é indispensável que o endocrinologista seja consultado.

*Renan Montenegro Júnior é especialista em Endocrinologia e Metabologia e professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Também é coordenador do Grupo Brasileiro para Estudos de Lipodistrofias Herdadas e Adquiridas (BRAZLIPO)

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.