Peeling enzimático funciona? Entenda o que é e o que diz a ciência
Produtos à base de enzimas naturais são consagrados em cosméticos, mas peeling ainda não é muito estudado

O peeling enzimático, como o nome já sugere, é um “primo” das propostas de peeling mais famosas, como o peeling químico ou mecânico. A ideia é ser uma alternativa mais natural, segura e tolerável, não agredindo tanto a pele.
Por usar enzimas naturais (normalmente a papaína do mamão ou a bromelina do abacaxi), esse procedimento é promovido como tendo menor risco de reações e desconfortos indesejados.
Mas, afinal, o peeling enzimático funciona?
Embora o peeling com enzimas de frutas seja utilizado há anos, ainda há poucos estudos sobre sua eficácia. As áreas onde são realizadas as aplicações tópicas mostram que há benefícios na proteção da pele, e essas enzimas são estáveis. No entanto, as pesquisas costumam focar no seu uso tópico em cosméticos, e não no processo de peeling.
As enzimas também trariam benefícios como a captura dos radicais livres causados pela poluição, radiação do sol e microrganismos, além de ações anti-inflamatórias.
A escolha da enzima certa e a formulação específica para cada pele, assim a como dosagem, têm influência no resultado final. Por isso, somente um profissional habilitado pode avaliar o que seria mais indicado para seu caso. Fatores externos, como temperatura e PH da solução, também influenciam sua atividade.
O processo em si funciona quebrando proteínas em pedacinhos menores, como a queratina, soltando pedaços de pele morta. Depois, é realizada uma esfoliação, deixando camadas mais jovens e hidratadas, seguido pelo processo de cura da pele.
São alternativas relativamente seguras ao tradicional peeling químico ou mecânico, principalmente para peles mais sensíveis. Mesmo assim, como qualquer processo estético, alguns cuidados devem ser tomados.
Cuidados
Algumas pessoas podem apresentar irritações às enzimas utilizadas, como erupções cutâneas, coceira, dermatite de contato ou urticária. Além disso, a bromelina e a papaína também podem causar reações alérgicas em pessoas com sensibilidade.
Muitas vezes, é impossível ter certeza de que esses desconfortos vão aparecer até que o peeling efetivamente ocorra. Por isso, é fundamental uma avaliação profissional e testes controlados antes de fazer uma aplicação mais ampla.
Além disso, lembre-se que o processo nunca deve utilizar as frutas em si, que têm outras substâncias que podem agredir a pele: a técnica utiliza apenas enzimas isoladas e com formulação própria para garantir a estabilidade e aumentar a segurança.