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Óleo de rícino: conheça os principais usos e como aplicar no cabelo

Com promessas de efeitos cosméticos milagrosos, o composto ainda não tem base científica para maior parte dos seus usos populares

Por João Antonio Streb
16 abr 2024, 16h00
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Extraído da mamona, o óleo de rícino tem uso tradicional como laxante, mas passou a ser buscado também por seu potencial hidratante para os cabelos. Outros benefícios, porém, não têm comprovação (wirestock/Freepik)
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Não vá se confundir: o óleo de rícino, extraído da mamona, nada tem a ver com a ricina – uma das toxinas mais potentes encontradas na natureza, presente nessa planta. Uma vogal faz toda a diferença, e também há uma diferença química: a ricina só é solúvel em água, ou seja, não tem qualquer chance de contaminar o óleo de rícino.

Historicamente utilizado por suas propriedades laxativas, o óleo de rícino passou a ser bem-visto mais recentemente por pessoas que buscam uma maior saúde capilar. Mas até que ponto essas promessas realmente se sustentam em bases científicas?

Quais os principais usos do óleo de rícino?

Rico em ácido ricinoleico, vitamina E, ácidos graxos e minerais, o composto é extraído das sementes da mamona, cujo nome científico é Ricinus communis. Viscoso, amarelado e límpido, esse composto tem potencial de hidratação poderoso, mas muitos efeitos atribuídos a ele seguem sem base científica para justificar o uso.

O efeito mais conhecido nada tem a ver com cabelos, e sim com a saúde gastrointestinal. No passado, a ingestão de óleo de rícino era era alternativa para casos de constipação. Hoje, porém, ele é menos utilizado por ser muito agressivo na comparação com outros laxantes. Não é recomendado usar esse óleo para tratar prisão de ventre sem orientação médica.

A outra aplicação do óleo de rícino, por vezes vendido como óleo de mamona, é em busca da hidratação capilar. Ele está associado a uma hidratação mais uniforme, especialmente para pessoas com cabelos cacheados e crespos, que sofrem mais com pontas ressecadas.

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Quais supostos benefícios do óleo de rícino não têm comprovação?

Existem efeitos atribuídos ao composto, mas que não ocorrem diretamente por causa do óleo de rícino ou não têm comprovação científica que justifique o uso do produto.

Quem busca ajudar no crescimento do cabelo ou tratar a caspa, por exemplo, até pode se beneficiar desse produto, mas sobretudo em função da hidratação: não há evidência sugerindo uma vantagem na comparação com outros métodos.

Situação semelhante ocorre com os ditos benefícios do óleo para a pele (tratamento de rugas e linhas de expressão), cílios, sobrancelhas e barba, casos em que os efeitos são consequência de uma melhor hidratação. Novamente aqui, o óleo de rícino em si pode não ser mais vantajoso que outras alternativas no mercado, e vale sempre ouvir um dermatologista sobre a melhor opção para a sua pele.

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+Leia também: ABC do skincare: as substâncias mais recomendadas para cuidar da pele

Já pessoas que sofrem com queda de cabelo podem, inclusive, agravar o quadro se fizerem uma “automedicação” com o óleo de rícino. Da mesma forma, não é recomendado o uso do óleo de rícino para pessoas com acne, grávidas, lactantes e crianças.

Como é feita a aplicação do óleo de rícino no cabelo para hidratação?

A melhor forma de aplicar o óleo de rícino no cabelo é como se fosse um pré-xampu. Aplique junto da máscara capilar que você já costuma utilizar, passe no cabelo e deixe agir por até 30 minutos. Após esse período, enxágue e retire todo produto dos fios capilares.

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